Maria Luísa, regressou a casa. Enquanto conduzia, contemplava o acaso. Os raios solares trespassavam os espaços entre as nuvens deixando estrias douradas. Era uma anatomia celeste encantadora. Enquanto observava a natureza, mergulhou dentro de si. Um pensamento deixou o silêncio do seu ser e ganhou sonoridade: gastarei a minha vida a explorar o mais complexo e deslumbrante dos mundos: a mente humana.
Olho as pessoas atentamente, e serei um garinpeiro que procura ouro nos escombros que sofrem.
Lucas era um solitário, o que nos aproximou foi o seu estado de saude, acidente de automovel, era um excelente profissional, mas não sabia invistir naquilo que mais amava, que era ser professor.
Maria Luísa, não conseguia compreender a emoção ferida e carente de Lucas, nem penetrar no seu mundo solitário. lucas abandonou-se, há dois anos que estava só.
A pedido de sua mãe, Luisa, chegou de surpresa a casa de Lucas. Ao entrar na sala, os olhos dele encontraram os olhos dela. Foi um momento regado com ternura, a doçura e a dor entristeceram-se os olhos dele humedeceram, os dela lacrimejaram. Só o silêncio conseguia decifrar a magia daquele momento.
Em seguida, ela abraçou-o carinhosamente. Ele beijou-a no rosto suavemente, aos seus olhos, ela ainda era muito linda. Ela empurrando o carrinho onde ele se sentava, segurando na mão dele, continuaram a conversar. A partir dali, Tornaram-se grandes amigos. Lucas tinha chorado, luísa ficou aturdida, não eram dois intelectuais que se encontravam, mas duas almas despedaçadas, uma numa cadeira de rodas, outra mutilada pelas intempéries da existência, mas que agora eram reunidas. Lucas ao ver Luísa perguntou de onde ela vinha.?
-Ela respondeu ? venho de todos os lugares e de lugar nenhum. Pertenço ao mundo, meu querido, pertenço a Deus.
Dedicado a um amigo. Quando ele me chamar estarei sempre presente, dedico-lhe este texto com muito carinho.
Luisa
terça-feira, agosto 07, 2012
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