
Um guerreiro da luz que confia de mais na sua inteligência acaba por subestimar o poder do adversário.
É preciso não esquecer: há momentos em que a força é mais eficaz que a sagacidade. E quando estamos diante de um certo tipo de violência, não há brilho, argumentos, inteligência ou charme que possam evitar a tragédia.
Por isso, o guerreiro nunca subestima a força bruta: quando ela é irracionalmente agressiva, retira-se do campo de batalha até que o inimigo desgaste a sua energia.
Contudo, é bom deixar bem claro: um guerreiro da luz nunca se acobarda. A fuga pode ser uma excelente arte de defesa, mas não pode ser usada quando o medo é grande.
Na dúvida, o guerreiro prefere enfrentar a derrota e depois curar as suas feridas - porque sabe que, se fugir, está a conferir ao agressor um poder maior do que ele merece.
Ele pode curar o sofrimento físico, mas será eternamente perseguido pela sua fraqueza espíritual. Perante alguns momentos difíceis e dolorosos, o guerreiro encara a situação desvantajosa com heróismo, resignação e coragem. Nós dizemos a verdade dolorosa ao próximo, porque a queremos esconder de nós próprios. Nós mostramos a nossa força, para que ninguem possa ver a nossa fragilidade. Por isso, sempre que estiver a julgar o seu irmão, tenha consciência de que é você quem está no tribunal.
Às vezes, esta consciência pode evitar uma luta que só trará desvantagens. Outras vezes, porém, não existe saída, resta apenas o combate desigual.

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