A IDADE DE SER FELIZ
Existe somente uma idade para ser feliz.
Somente uma época na vida de cada pessoa.
Em que é possível sonhar e fazer planos.
E ter energia bastante para realizá-las.
A despeito de todas as dificuldades e obstáculos.
Uma só idade para as pessoas se encantarem com a vida e viver apaixonadamente.
E desfrutar tudo com intensidade.
Sem medo, nem culpa de sentir prazer.
Fase dourada em que as pessoas podem criar e recriar a vida.
Á nossa própria imagem e semelhança.
E vestir-se com todas as cores.
E experimentar todos os sabores.
E entregar-se a todos os amores.
Sem preconceito nem pudor.
Tempo de entusiasmo e coragem.
Em que todo o desafio é mais um convite à luta.
Que possamos enfrentar com toda a disposição.
De tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO.
Essa idade tão fugaz na vida das pessoas.
Chama-se PRESENTE.
E tem a duração do instante que passa
quinta-feira, dezembro 27, 2012
quinta-feira, novembro 29, 2012
quarta-feira, outubro 31, 2012
quinta-feira, outubro 18, 2012
Pergunta
Levanto-me de um salto, as fotografias e as folhas de papel caem no chão. Visto o casaco e saio, percorro a passos largos, o largo da feira de Sintra.
Dentro do carro,olho para o céu, reluz como um espelho, atrás de mim está um casal de namorados. Não tive coragem para ir a casa do Professor Lucas, não tive coragem para o olhar de frente. Os meus sentimentos mudam a cada minuto, primeiro parece-me que tenho dentro de mim um mundo muito terno. Apetecia-me dizer que ficava com ele e, no fim via a sua reacção de espanto de alegria - , mas logo depois esse pensamento passa a ser um peso medonho, algo que me esmaga, e não me deixa respirar.
Tenho medo do compromisso, da canseira da responsabilidade: queria uma vida sem limites nem barreiras e de repente volto a fechar-me na jaula claustrofóbica da minha vidinha sem sonhos, e resignada.
Enquanto andava, senti necessidade de me afastar das minhas memórias, da minha vida.Subi a serra, o céu cinzento pareciam sombras ocultas no mato, apetecia-me deitar nas profundezas das folhas húmidas da serra, para limpar os detritos, as sombras, para me purificar, andei muito tempo a pé até me cansar. Outras vezes, sentia a necessidade de subir, de chegar a um sítio onde meu olhar pudesse perder-se para lá do horizonte. Pensava!!!Para lá da nossa vontade, das nossas fragilidades, dos nossos planos, mesmo restritos, existirá Alguém, alguma coisa que gere o grande ciclo da vida? Porque tinha nascido eu.
Subia e descia pelos carreiros pedregosos: à minha passagem, as lagartixas esgueiravam-se como setas. Uma lagartixa que nasce, dizia para comigo, ela e eu só se pode distinguir dos seus semelhantes pela habilidade de nos manter-mos o mais possível neste mundo? E não será porventura esse abismo de potencialidade que nos aterra e nos sugere a impotência da nossa visão? E eu porque motivo tinha vindo ao mundo? Para vir a ser o quê?
Esse longo passeio deram-me forças para continuar a minha busca espiritual, uma tarde de chuva, levantara-se um pequeno vento, a temperatura baixara e a humidade caia, cobrindo a paisagem de uma luz Outonal. Desci a serra, o pior momento era a noite. Sózinha em casa era como uma tela forrada, um lugar atrás do qual posso esconder as coisas. É o que acontece aos sapos: em Fevereiro, encontram-se nos charcos e, em Março, voltam para os bosques, deixando lá os ovos. Todavia, um sapo não pergunta a si mesmo: quem sou eu, que sentido tem a minha vida?
Dentro do carro,olho para o céu, reluz como um espelho, atrás de mim está um casal de namorados. Não tive coragem para ir a casa do Professor Lucas, não tive coragem para o olhar de frente. Os meus sentimentos mudam a cada minuto, primeiro parece-me que tenho dentro de mim um mundo muito terno. Apetecia-me dizer que ficava com ele e, no fim via a sua reacção de espanto de alegria - , mas logo depois esse pensamento passa a ser um peso medonho, algo que me esmaga, e não me deixa respirar.
Tenho medo do compromisso, da canseira da responsabilidade: queria uma vida sem limites nem barreiras e de repente volto a fechar-me na jaula claustrofóbica da minha vidinha sem sonhos, e resignada.
Enquanto andava, senti necessidade de me afastar das minhas memórias, da minha vida.Subi a serra, o céu cinzento pareciam sombras ocultas no mato, apetecia-me deitar nas profundezas das folhas húmidas da serra, para limpar os detritos, as sombras, para me purificar, andei muito tempo a pé até me cansar. Outras vezes, sentia a necessidade de subir, de chegar a um sítio onde meu olhar pudesse perder-se para lá do horizonte. Pensava!!!Para lá da nossa vontade, das nossas fragilidades, dos nossos planos, mesmo restritos, existirá Alguém, alguma coisa que gere o grande ciclo da vida? Porque tinha nascido eu.
Subia e descia pelos carreiros pedregosos: à minha passagem, as lagartixas esgueiravam-se como setas. Uma lagartixa que nasce, dizia para comigo, ela e eu só se pode distinguir dos seus semelhantes pela habilidade de nos manter-mos o mais possível neste mundo? E não será porventura esse abismo de potencialidade que nos aterra e nos sugere a impotência da nossa visão? E eu porque motivo tinha vindo ao mundo? Para vir a ser o quê?
Esse longo passeio deram-me forças para continuar a minha busca espiritual, uma tarde de chuva, levantara-se um pequeno vento, a temperatura baixara e a humidade caia, cobrindo a paisagem de uma luz Outonal. Desci a serra, o pior momento era a noite. Sózinha em casa era como uma tela forrada, um lugar atrás do qual posso esconder as coisas. É o que acontece aos sapos: em Fevereiro, encontram-se nos charcos e, em Março, voltam para os bosques, deixando lá os ovos. Todavia, um sapo não pergunta a si mesmo: quem sou eu, que sentido tem a minha vida?
quarta-feira, outubro 03, 2012
segunda-feira, outubro 01, 2012
Metade de mim
No meu silêncio, tento ser justa, mas é mais forte que eu.
Perdi metade de mim...os dias continuam a correr devagar; às vezes sinto que te estou a esquecer, outros tenho a certeza que a ferida nunca vai fechar. Outras vezes, sonho que um dia acordo e estou contigo, no País do sol, ao meu lado, na casa dos tectos altos, quando meu olhar te procura na solidão da noite, fecho os olhos por momentos, e vens aqui no caminho coberto de alfazemas.
Os dias são passados a trabalhar, como sempre. Quando saio à tarde deixo-me levar pelo conforto da vida caseira. Depois deito-me na minha cama imensa onde me sinto perdida, com frio por dentro. Outras perguntas desenham-se no vazio do meu silêncio e temo nunca encontrar resposta certa para elas. O futuro é um mistério impossivel de adivinhar, porque é sempre condicionado pelo presente, como um dominó que não se pode construir ao contrário. Estou cega de tanto ver. Também me sinto assim. Assistindo aos meus erros e falhas como se fosse uma segunda pessoa e vivesse fora da minha pele, porque só assim consigo olhar-me no espelho e perdoar a mim própria. Depois do tempo ter apaziguado este meu sofrimento, que eu possa amar mais uma vez, porque as mulheres alimentam-se do amor. Não quero secar como uma velha ÁRVORE.
Perdi metade de mim...os dias continuam a correr devagar; às vezes sinto que te estou a esquecer, outros tenho a certeza que a ferida nunca vai fechar. Outras vezes, sonho que um dia acordo e estou contigo, no País do sol, ao meu lado, na casa dos tectos altos, quando meu olhar te procura na solidão da noite, fecho os olhos por momentos, e vens aqui no caminho coberto de alfazemas.
Os dias são passados a trabalhar, como sempre. Quando saio à tarde deixo-me levar pelo conforto da vida caseira. Depois deito-me na minha cama imensa onde me sinto perdida, com frio por dentro. Outras perguntas desenham-se no vazio do meu silêncio e temo nunca encontrar resposta certa para elas. O futuro é um mistério impossivel de adivinhar, porque é sempre condicionado pelo presente, como um dominó que não se pode construir ao contrário. Estou cega de tanto ver. Também me sinto assim. Assistindo aos meus erros e falhas como se fosse uma segunda pessoa e vivesse fora da minha pele, porque só assim consigo olhar-me no espelho e perdoar a mim própria. Depois do tempo ter apaziguado este meu sofrimento, que eu possa amar mais uma vez, porque as mulheres alimentam-se do amor. Não quero secar como uma velha ÁRVORE.
quarta-feira, setembro 26, 2012
terça-feira, agosto 07, 2012
Regresso
Maria Luísa, regressou a casa. Enquanto conduzia, contemplava o acaso. Os raios solares trespassavam os espaços entre as nuvens deixando estrias douradas. Era uma anatomia celeste encantadora. Enquanto observava a natureza, mergulhou dentro de si. Um pensamento deixou o silêncio do seu ser e ganhou sonoridade: gastarei a minha vida a explorar o mais complexo e deslumbrante dos mundos: a mente humana.
Olho as pessoas atentamente, e serei um garinpeiro que procura ouro nos escombros que sofrem.
Lucas era um solitário, o que nos aproximou foi o seu estado de saude, acidente de automovel, era um excelente profissional, mas não sabia invistir naquilo que mais amava, que era ser professor.
Maria Luísa, não conseguia compreender a emoção ferida e carente de Lucas, nem penetrar no seu mundo solitário. lucas abandonou-se, há dois anos que estava só.
A pedido de sua mãe, Luisa, chegou de surpresa a casa de Lucas. Ao entrar na sala, os olhos dele encontraram os olhos dela. Foi um momento regado com ternura, a doçura e a dor entristeceram-se os olhos dele humedeceram, os dela lacrimejaram. Só o silêncio conseguia decifrar a magia daquele momento.
Em seguida, ela abraçou-o carinhosamente. Ele beijou-a no rosto suavemente, aos seus olhos, ela ainda era muito linda. Ela empurrando o carrinho onde ele se sentava, segurando na mão dele, continuaram a conversar. A partir dali, Tornaram-se grandes amigos. Lucas tinha chorado, luísa ficou aturdida, não eram dois intelectuais que se encontravam, mas duas almas despedaçadas, uma numa cadeira de rodas, outra mutilada pelas intempéries da existência, mas que agora eram reunidas. Lucas ao ver Luísa perguntou de onde ela vinha.?
-Ela respondeu ? venho de todos os lugares e de lugar nenhum. Pertenço ao mundo, meu querido, pertenço a Deus.
Dedicado a um amigo. Quando ele me chamar estarei sempre presente, dedico-lhe este texto com muito carinho.
Luisa
Olho as pessoas atentamente, e serei um garinpeiro que procura ouro nos escombros que sofrem.
Lucas era um solitário, o que nos aproximou foi o seu estado de saude, acidente de automovel, era um excelente profissional, mas não sabia invistir naquilo que mais amava, que era ser professor.
Maria Luísa, não conseguia compreender a emoção ferida e carente de Lucas, nem penetrar no seu mundo solitário. lucas abandonou-se, há dois anos que estava só.
A pedido de sua mãe, Luisa, chegou de surpresa a casa de Lucas. Ao entrar na sala, os olhos dele encontraram os olhos dela. Foi um momento regado com ternura, a doçura e a dor entristeceram-se os olhos dele humedeceram, os dela lacrimejaram. Só o silêncio conseguia decifrar a magia daquele momento.
Em seguida, ela abraçou-o carinhosamente. Ele beijou-a no rosto suavemente, aos seus olhos, ela ainda era muito linda. Ela empurrando o carrinho onde ele se sentava, segurando na mão dele, continuaram a conversar. A partir dali, Tornaram-se grandes amigos. Lucas tinha chorado, luísa ficou aturdida, não eram dois intelectuais que se encontravam, mas duas almas despedaçadas, uma numa cadeira de rodas, outra mutilada pelas intempéries da existência, mas que agora eram reunidas. Lucas ao ver Luísa perguntou de onde ela vinha.?
-Ela respondeu ? venho de todos os lugares e de lugar nenhum. Pertenço ao mundo, meu querido, pertenço a Deus.
Dedicado a um amigo. Quando ele me chamar estarei sempre presente, dedico-lhe este texto com muito carinho.
Luisa
terça-feira, julho 31, 2012
Sinto saudades
Saudades de tudo que marcou a minha vida. Quando procuro e vejo fotos, quando sinto cheiros, quando procuro vozes dentro do meu espirito. Quando me lembro do passado, sinto saudades. Sinto saudades dos amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem me cruzei, e nunca mais falei...Sinto saudades da minha infância, do meu primeiro amor. Sinto saudades do presente, que não aproveito de todo, lembranças do passado e, vou apostando no futuro.
Sinto saudades da pessoa que eu era, e que não voltarei a ser. Pergunto por mim, e descubro que estou entre escombros da minha vida solitária, entro na saudade de tudo. Medito à beira do lago da minha mente, tentando separar as ondas e catalogar, e me preparar para voltar um dia. Que a saudade derrube este muro, e não sirva de empecilho para eu viver novamente e tentar ser feliz. Que a saudade atravesse os meus medos e silêncios em pedaços de vento.
Sinto saudades da pessoa que eu era, e que não voltarei a ser. Pergunto por mim, e descubro que estou entre escombros da minha vida solitária, entro na saudade de tudo. Medito à beira do lago da minha mente, tentando separar as ondas e catalogar, e me preparar para voltar um dia. Que a saudade derrube este muro, e não sirva de empecilho para eu viver novamente e tentar ser feliz. Que a saudade atravesse os meus medos e silêncios em pedaços de vento.
terça-feira, julho 10, 2012
Aprendi
No silêncio da noite, sinto teus passos.
Só me basta sentir as batidas do meu coração.
Por mistério, sei que obedeço ao ser que habita em mim.
Em que por um momento a eternidade se abriu aos meus braços.
Qual dos dois momentos devo ser.
Não sei quem sou,sei quem tu és.
Sinto que tu me elevas ao plano onde estás;
Na magia do momento onde um dia estarei.
Abre-me as portas do infinito.
Abre os teus braços, aperta-me num aconchego.
A chama que nos unirá, enfim.
No além num único ser...
Só me basta sentir as batidas do meu coração.
Por mistério, sei que obedeço ao ser que habita em mim.
Em que por um momento a eternidade se abriu aos meus braços.
Qual dos dois momentos devo ser.
Não sei quem sou,sei quem tu és.
Sinto que tu me elevas ao plano onde estás;
Na magia do momento onde um dia estarei.
Abre-me as portas do infinito.
Abre os teus braços, aperta-me num aconchego.
A chama que nos unirá, enfim.
No além num único ser...
terça-feira, fevereiro 14, 2012
Porque sou assim...

Refugiei-me no silêncio.
Para acalmar a minha dor.
Perguntas faço ao meu sentir.
Aos acontecimentos que se atropelam no meu espirito
Fiquei àvida, desmotivada, triste e cansada.
Desprezei a vida, apenas quiz escuridão.
Sofrer sózinha, sentindo compaixão.
Para não cair no abismo, caribaram-me de guerreira.
Não quiz que notassem, nas trevas que entrei.
Os dias e as noites que chorei.
O desgosto da perda de mim se apoderou.
E o pouco do que era restou.
Refugiei-me para me encontrar de novo.
para voltar sorridente, forte como sempre.
Hoje aqui estou, derramando uma lágrima.
Um sorriso, para aqueles que sofrem, e esperam pela morte.
Sinto-me num impasse...Se voltei.
Ou se permanecerei, perdida mais um tempo.
Neste mar de desencontros.
Numa luta de conquista.
Porque não desisto, nunca desesti.
Não desistirei, enquanto viver.
Viverei só para ti.
Para acalmar a minha dor.
Perguntas faço ao meu sentir.
Aos acontecimentos que se atropelam no meu espirito
Fiquei àvida, desmotivada, triste e cansada.
Desprezei a vida, apenas quiz escuridão.
Sofrer sózinha, sentindo compaixão.
Para não cair no abismo, caribaram-me de guerreira.
Não quiz que notassem, nas trevas que entrei.
Os dias e as noites que chorei.
O desgosto da perda de mim se apoderou.
E o pouco do que era restou.
Refugiei-me para me encontrar de novo.
para voltar sorridente, forte como sempre.
Hoje aqui estou, derramando uma lágrima.
Um sorriso, para aqueles que sofrem, e esperam pela morte.
Sinto-me num impasse...Se voltei.
Ou se permanecerei, perdida mais um tempo.
Neste mar de desencontros.
Numa luta de conquista.
Porque não desisto, nunca desesti.
Não desistirei, enquanto viver.
Viverei só para ti.
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