No meu silêncio, tento ser justa, mas é mais forte que eu.
Perdi metade de mim...os dias continuam a correr devagar; às vezes sinto que te estou a esquecer, outros tenho a certeza que a ferida nunca vai fechar. Outras vezes, sonho que um dia acordo e estou contigo, no País do sol, ao meu lado, na casa dos tectos altos, quando meu olhar te procura na solidão da noite, fecho os olhos por momentos, e vens aqui no caminho coberto de alfazemas.
Os dias são passados a trabalhar, como sempre. Quando saio à tarde deixo-me levar pelo conforto da vida caseira. Depois deito-me na minha cama imensa onde me sinto perdida, com frio por dentro. Outras perguntas desenham-se no vazio do meu silêncio e temo nunca encontrar resposta certa para elas. O futuro é um mistério impossivel de adivinhar, porque é sempre condicionado pelo presente, como um dominó que não se pode construir ao contrário. Estou cega de tanto ver. Também me sinto assim. Assistindo aos meus erros e falhas como se fosse uma segunda pessoa e vivesse fora da minha pele, porque só assim consigo olhar-me no espelho e perdoar a mim própria. Depois do tempo ter apaziguado este meu sofrimento, que eu possa amar mais uma vez, porque as mulheres alimentam-se do amor. Não quero secar como uma velha ÁRVORE.
segunda-feira, outubro 01, 2012
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