Sabem qual é o erro que cometemos sempre? Acreditar que a vida é imutável, que, mal escolhemos um carril, temos de o seguir até ao fím. Contudo, o destino tem muito mais imaginação do que nós. Precisamente quando se pensa qe se está num beco sem saída, quando se atinge o cúmulo do desespero, com a velocidade de uma rajada de vento tudo muda, tudo se transforma, e de um momento para o outro damos por nós a viver uma nova vida. Assim como as almas gémeas.
Enquanto caminho meu espírito abre-se como á procura de algo que sempre habitou dentro de mim. E penso.
As coisas têm vida própria. A maior das aspirações do ser humano sempre foi a busca da sua outra metade. O amor é a mais misteriosa de todas as emoções. Todos procuram o amor perfeito, a alma gémea, a companhia ideal. Onde estará afinal essa alma gémea?
A almas gémeas são um único espírito que em determinado momento foi dividido por Deus em dois, para que pudessem evoluir individualmente e, mais tarde, depois de conquistarem o equilibrio, se unirem eternamente.
Como o amor é a união de dois seres, é, mais fácil e lógico unir semelhantes.
Amando, queremos integrar-nos um ao outro, mas também, através do outro, expandir-nos. E essa expansão será tanto possível quanto mais o outro for, desde o início, um prolongamento natural de nós mesmos. Na terceira raça, éramos andróginas.
Como não havia motivação para evoluir, com o risco de extinção da raça humana, os sexos foram separados. Criaram-se duas metades, que saíram à procura uma da outra. adquirindo Karmas com os outros espíritos. nessas idas e vindas para a terra, as almas gémeas, centelhas divinas, fagulhas de Deus, que se dividiram em duas partes, encontram-se, e o amor, vivido em outras épocas em que um era tudo para o outro, volta aflorar.
A emoção desse encontro desperta o subconsciente. Dentro da ligação Kármica, nos reencontros das almas gémeas, pode haver muita negatividade, ciume, competição, intolerãncia e, quanto maior for a missão, maiores serão as difículdades para realizar. São os encontros de almas gémeas para cumprirem missões juntas e, para isso, devem estar totalmente livres dos seus Karmas adquiridos com outros espíritos, bem como conscientes dessa missão. As desarmonias criadas entre as almas gémeas fazem com que sigam caminhos diferentes, separadas. É preciso paciência, compreensão, amor, doação e autocontrolo. Quando apenas um se consciencializa, deve esperar pelo outro, ajudá-lo na sua evolução.
Eu penso. No primeiro encontro é possível detectar que estamos perante a pessoa que nos está destinada.
Porque nos apaixonamos? De onde vem essa emoção que nos leva a procurar alguém que esteja sempre a nosso lado.
Pense também.
terça-feira, agosto 30, 2005
quarta-feira, agosto 10, 2005
TER-TE

Sabes que sorrio ao escrever-te este poema.
A todos me dou em forma de poesia...
É, amor.
Porque já silenciaste a minha boca.
Com os teus suspiros e beijos.
É o teu rosto que procuro no brilho da lua.
Porque já és parte de mim.
Grande motivação do meu ser.
Eu cresci, mas perto de ti sou tua eterna criança.
Não deixes jamais eu deixar de ser tu.
Pois tenho medo de deixar de existir.
Mas, sozinha não é possível prosseguir.
Não deixes minha fé se despedaçar em mágoas.
Não me deixes perder de mim jamais.
Dá-me o privilégio de ter-te eternamente comigo.
Como eu gostaria meu amor.
sábado, agosto 06, 2005
HUMILDADE
O cristão medieval dava uma enorme importância à virtude da humildade. O mundo moderno já não a considera uma virtude. Pelo contrário, compadece-se de quem tem um comportamento humilde e considera essa pessoa uma fraca. Fala a experiência.
Durante os anos 80 e 90 não me lembro de ter, alguma vez, ouvido elogiar uma pessoa pela humildade.
Aliás, se vos digo: Imaginem uma pessoa de sucesso, a imagem que imediatamente se vos apresenta é a de um homem cheio de força; se, pelo contrário vos digo: Imaginem uma pessoa humilde, vem-vos à cabeça a imagem de um homem pequeno, pobre, com as costas curvadas, que está calado quando os outros falam, que não se revolta quando lhe fazem uma desconsideração, em suma, um fraco, um vencido. Esta imagem surge na nossa mente desta forma porque se perdeu o significado profundo, espiritual da humildade.
A humildade implica uma atitude para com o mundo, para com os outros, e para com Deus.
Comecemos com a atítude perante o mundo. Nós vivemos como se os recursos da terra fossem ilimitados. A nossa maneira de pensar permaneceu igual à do passado, em que éramos poucos e dispúnha-mos de uma tecnologia rudimentar. Deveríamos, bem pelo contrário, ter sempre presente que a terra é um pequenino grão de areia na infinidade das galáxias. Recordemos que, apesar de toda a ciência que temos, nunca poderemos abandoná-la. E que todas as imbecilidades
que levamos a cabo pesarão, em futuros milénios, sobre os filhos dos nossos filhos. O nosso orgulho é desmesurado. Estamos convencidos de que as nossas acções são ´sábias, racionais. Na verdade, procedemos com arrogância e obstinação. Somente a humildade nos ajudaria a ver.
Passemos agora à atitude para com os outros. Somos todos intolerantes, estamos convencidos de que conhecemos a verdade. Admiramos quem tem convicções políticas firmes, quem luta com tenacidade, quem insulta os seus inimigos, os arrasta para a lama. Admiramos os vencedores, os prepotentes. Condenamos e exaltamos quem ajuíza e condena. Nunca nos passa pela cabeça que, daqui a algumas gerações, as ideias pelas quais conbatemos terão perdido totalmente o sentido.
A atitude humilde para connosco consiste no estar consciente de não ter mais valor do que as outras pessoas. Que o nosso sucesso depende da sorte e da colaboração dos outros a quem devemos reconhecimento. Consiste, por fim, no saber que podemos sempre errar e que temos sempre coisas a aprender. A humildade ajuda-nos a reconhecer com facilidade o nossos erros. é, por isso , um instrumento fundamental para nos corrigir, melhorar, superar as dificuldades e ter êxito no final. Mas também nos ajuda, conhecendo a nossa pequenez, e aceitar as desgraças e as derrotas, sem que estas nos levem ao desespero que nasce das esperanças frustradas, do orgulho ferido.
A fé é o oposto do procedimento intelectual. A fé é amor apaixonado por Deus. Mas este amor é o próprio Deus que o suscita.
A humildade de que nos fala a nossa tradição é, portanto, uma importante virtude. Ela torna-nos conscientes dos nossos deveres para com a terra e o futuro. Leva-nos a perceber os outros, a respeitá-los, a tratá-los com objectividade e tolerância. Torna-nos prudentes e gratos. Ajuda-nos a compreender os nossos erros, a corrigi-los. Ajuda-nos a melhorar as relações entre as pessoas, a melhorar a vida na terra. A humildade é o percursor da esperança.
Durante os anos 80 e 90 não me lembro de ter, alguma vez, ouvido elogiar uma pessoa pela humildade.
Aliás, se vos digo: Imaginem uma pessoa de sucesso, a imagem que imediatamente se vos apresenta é a de um homem cheio de força; se, pelo contrário vos digo: Imaginem uma pessoa humilde, vem-vos à cabeça a imagem de um homem pequeno, pobre, com as costas curvadas, que está calado quando os outros falam, que não se revolta quando lhe fazem uma desconsideração, em suma, um fraco, um vencido. Esta imagem surge na nossa mente desta forma porque se perdeu o significado profundo, espiritual da humildade.
A humildade implica uma atitude para com o mundo, para com os outros, e para com Deus.
Comecemos com a atítude perante o mundo. Nós vivemos como se os recursos da terra fossem ilimitados. A nossa maneira de pensar permaneceu igual à do passado, em que éramos poucos e dispúnha-mos de uma tecnologia rudimentar. Deveríamos, bem pelo contrário, ter sempre presente que a terra é um pequenino grão de areia na infinidade das galáxias. Recordemos que, apesar de toda a ciência que temos, nunca poderemos abandoná-la. E que todas as imbecilidades
que levamos a cabo pesarão, em futuros milénios, sobre os filhos dos nossos filhos. O nosso orgulho é desmesurado. Estamos convencidos de que as nossas acções são ´sábias, racionais. Na verdade, procedemos com arrogância e obstinação. Somente a humildade nos ajudaria a ver.
Passemos agora à atitude para com os outros. Somos todos intolerantes, estamos convencidos de que conhecemos a verdade. Admiramos quem tem convicções políticas firmes, quem luta com tenacidade, quem insulta os seus inimigos, os arrasta para a lama. Admiramos os vencedores, os prepotentes. Condenamos e exaltamos quem ajuíza e condena. Nunca nos passa pela cabeça que, daqui a algumas gerações, as ideias pelas quais conbatemos terão perdido totalmente o sentido.
A atitude humilde para connosco consiste no estar consciente de não ter mais valor do que as outras pessoas. Que o nosso sucesso depende da sorte e da colaboração dos outros a quem devemos reconhecimento. Consiste, por fim, no saber que podemos sempre errar e que temos sempre coisas a aprender. A humildade ajuda-nos a reconhecer com facilidade o nossos erros. é, por isso , um instrumento fundamental para nos corrigir, melhorar, superar as dificuldades e ter êxito no final. Mas também nos ajuda, conhecendo a nossa pequenez, e aceitar as desgraças e as derrotas, sem que estas nos levem ao desespero que nasce das esperanças frustradas, do orgulho ferido.
A fé é o oposto do procedimento intelectual. A fé é amor apaixonado por Deus. Mas este amor é o próprio Deus que o suscita.
A humildade de que nos fala a nossa tradição é, portanto, uma importante virtude. Ela torna-nos conscientes dos nossos deveres para com a terra e o futuro. Leva-nos a perceber os outros, a respeitá-los, a tratá-los com objectividade e tolerância. Torna-nos prudentes e gratos. Ajuda-nos a compreender os nossos erros, a corrigi-los. Ajuda-nos a melhorar as relações entre as pessoas, a melhorar a vida na terra. A humildade é o percursor da esperança.
quarta-feira, agosto 03, 2005
Alma

Além de acreditar que sou uma alma muito antiga, acredito também que só existe uma via: a do amor, manifestado em infinitas formas.
É isso que eu quero que seja o instrumento do percurso da minha alma, de vida em vida, neste percurso em espiral que vai de uno para uno.
Porque na unidade nos reunimos e na diversidade nos manifestamos.
E qual é o objectivo final de todo o percurso vivencial? - A consciência do amor.
O meu corpo, expressão material da minha Alma, nasci para o mundo num dia de verão.
A vida significa tudo o que ela sempre significou, nada foi acrescentado, o fio não foi cortado.
Mas eu não estou longe, apenas irei para o outro lado do caminho. A morte não é nada. Eu sou aquilo que vocês sempre quizeram, pensem em mim. Rezem por mim. Ainda estou viva!...Amanhã estarei noutra vida.
O tempo é o relógio, e a morte uma porta que se abre para vários mundos. Os desconhecidos e misteriosos.
Por vezes estou hipnotizada por mim mesma? Á noite, antes de me deitar, gosto de ficar a olhar-me no espelho grande da casa de banho. Fixo-me sobre-tudo nos olhos, como se quisesse perscrutar o interior, ver para lá daquela figura enigmática a que chamo eu.
Quando me olho no espelho, vou acompanhando, o crescimento da fígura que nele vejo reflectida, aquela eu que tem um nome e uma idade, enganosamente medida pelas divisões convencionais do tempo, como se este fosse a entrada por onde vou caminhando do nascimento para a morte. O meu primeiro contacto com a morte foi aos seis anos.
O tempo é o pulsar da vida e por isso é a nossa respiração que marca a sua contagem, o que existe fora de nós é apenas uma convenção. A noção de que o tempo é uma contagem exterior a nós, a qual nos limitamos a acompanhar enquanto vivemos, fica definitivamente posta em causa. O meu corpo sou eu, mas eu também sou todos os corpos que já tive e irei ter, como na representação de uma peça de de vários actos.
Não sei medir a idade da minha alma, mas acredito que ela contém memórias e ensinamentos recolhidos em vidas, as quais, à escala do tempo medido rectilineamente, ocupam vários segundos de recta.
Acredito que esta alma que me faz felis já tomou forma em vários locais da terra. Memórias sem localização no espaço ou no tempo, mas que sinto vivas, tão vivas, como se estivessem a acontecer precisamente no ponto de recta do tempo onde tenho acesso a este registo.
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