E aquele homem desceu as escadas da quinta, ia sem rumo, como se quizesse fugir de algo ou de alguém. De repente, tropeçou em alguma coisa que o chamou a atenção.
Era uma menina, semi adormecida, que abriu os olhos e, ainda assustada perguntou: - O senhor é que vai levar-me? Levar para onde minha querida?
Para algum lugar onde eu possa morar, comer e dormir. -Como assim menina?
É que meu pai deixou-me aqui, abandonada no meio da quinta e disse que, se eu tivesse sorte, um anjo me viria buscar...
Se não viesse, ficaria aqui para sempre, até morrer de fome ou algum bicho comer-me.
Teu pai fez isso contigo? Sim...Meu pai é muito nervoso. Ele bebe, fica mau, bate em todos lá de casa. Minha mãe morreu, estava muito doente...Quando ela tentava ajudar um filho ele batia -lhe muito. O senhor é um anjo?
Não minha bonequinha, eu não sou um anjo. Talvez seja, não sei. Se Deus colocou-me em teu caminho, pode ser que eu venha a ser o teu Anjo da Guarda. O que é um Anjo da Guarda senhor? É um ...como dizer? Uma espécie de santo, uns santos pequeninos, que têm enormes asas brancas e moram no céu, junto de Deus.
Para cada pessoa Deus indica um Anjo da Guarda para que vigie, tome conta, não deixe que nada de mal te aconteça. Mas então, onde está o meu Anjo da Guarda que me deixou sózinha nesta quinta grande e que deixou meu pai ir embora sem me levar? Ás vezes, minha menina, um anjo lá do céu, finge que está a dormir para dar oportunidade aos homens, aqui na terra, de fazerem o bem, ajudar alguém. Como podes ver, o teu Anjo da Guarda estava olhando por ti, e fez-me passar por este caminho que não é o meu, a fím de te encontrar. como é o teu nome? Eu chamo-me Nina e o senhor? Meu nome é José Carlos. sabes Nina, eu estava a procurar uma escada, e vim parar aqui, sem saber o que fazer ou mesmo se voltaria para casa. Minha mulher está muito triste, zangou-se com Deus, não pode ter filhos. zangar-se com Deus é pecado, não? É um pecado muito feio. mas ela está desesperada porque acha que Deus não quer que ela seja mãe. Minha mulher está revoltada e zanga-se comigo a toda a hora. Hoje saí de casa, desesperado, sem saber o que fazer. E então o senhor encontrou-me? Sim Nina, Deus colocou-me em teu caminho. Agora vamos para casa. Eu não serei mais o teu Anjo da Guarda. Ele já deve estar a rir ao ver que eu te salvei do perigo. E tomando conta de ti... Eu serei o teu novo pai.
Minha mulher vai voltar a ser feliz, e não vai voltar a zangar-se comigo outra vez, nem com Deus...Tu serás o elo de ligação entre nós três e terás em nós os teus pais de verdade: Pai do céu, minha mulher e eu aqui na terra. Tu terás outro nome, para que esqueças tudo o que se passou desde a morte da tua mãe: Zizi, nossa rainha. E assim José carlos voltou para casa feliz da vida, sorrindo como nunca pois encontrou em Nina...hummmm! Zizi, uma nova razão para viver... Assim foi durante uns tempos. Nina por razões famíliares voltou a perder os pais a segunda vez.
quinta-feira, abril 27, 2006
PERDIDA
Sózinha...entro no carro.
Olho para os lados.
Vazios...silenciosos.
Nada vejo...nada sinto...
Um frio percorre minha alma.
Fecho os olhos e vislumbro sombras.
Do meu passado?
Do meu futuro?
Não sei...estou perdida dentro de mim.
E nem sei o que sou , como sou.
Abro os olhos, caminho em direção ao emprego.
E vou embora...quaze sem destino.
À procura do nada...
Olho para os lados.
Vazios...silenciosos.
Nada vejo...nada sinto...
Um frio percorre minha alma.
Fecho os olhos e vislumbro sombras.
Do meu passado?
Do meu futuro?
Não sei...estou perdida dentro de mim.
E nem sei o que sou , como sou.
Abro os olhos, caminho em direção ao emprego.
E vou embora...quaze sem destino.
À procura do nada...
segunda-feira, abril 17, 2006
CAMINHANDO
Nada foi fácil para mim.
Sempre havia algo que me fugia.
Uma explicação que nunca vinha.
Um buraco sem fím no peito.
Tantas coisas...
Sempre tantas dúvidas.
E eu numa solidão consentida.
mas algo lá fundo me dizia.
Que um dia tudo mudaria.
Só não sabia como caminhar.
Daí tu entraste na minha vida.
Num dia em que eu mais nada esperava.
Apenas mais um dia.
E naquele instante eu descobri que ...podia sim...
Amar incondicionalmente.
Amar de verdade.
Sem máscaras, sem disfarces.
Apenas sendo eu...e tu sendo tu.
Duas pessoas tão parecidas, ligadas.
E tudo então é real.
Vivendo o nosso amor.
Incondicionalmente, intensamente.
Em pouco tempo.
Dias de mansidão, de tempestades.
E nós ali, mãos dadas sempre.
Mergulhando em nós, atravessando.
Ultrapassando os limites.
Agora eu sei que o que antes era um sonho.
Que existe algo maior a nos unir e guiar.
Agora eu sei que te tenho.
E tu sempre terás a mim...
Sempre.
Sempre.
Sempre.
Sempre havia algo que me fugia.
Uma explicação que nunca vinha.
Um buraco sem fím no peito.
Tantas coisas...
Sempre tantas dúvidas.
E eu numa solidão consentida.
mas algo lá fundo me dizia.
Que um dia tudo mudaria.
Só não sabia como caminhar.
Daí tu entraste na minha vida.
Num dia em que eu mais nada esperava.
Apenas mais um dia.
E naquele instante eu descobri que ...podia sim...
Amar incondicionalmente.
Amar de verdade.
Sem máscaras, sem disfarces.
Apenas sendo eu...e tu sendo tu.
Duas pessoas tão parecidas, ligadas.
E tudo então é real.
Vivendo o nosso amor.
Incondicionalmente, intensamente.
Em pouco tempo.
Dias de mansidão, de tempestades.
E nós ali, mãos dadas sempre.
Mergulhando em nós, atravessando.
Ultrapassando os limites.
Agora eu sei que o que antes era um sonho.
Que existe algo maior a nos unir e guiar.
Agora eu sei que te tenho.
E tu sempre terás a mim...
Sempre.
Sempre.
Sempre.
quinta-feira, abril 13, 2006
QUANDO ANOITECE
Mais uma vez dei comigo a pensar...mas o que ando a fazer da minha vida? Passei tempo demais agarrada a um tempo que já não volta, a um tempo que se perdeu...memórias, momentos, saudades... não posso viver disso!
Olhei para trás, mais uma vez à procura de uma desculpa, sim...uma desculpa para o meu medo, medo de mudar! E pela milésima vez encontrei a mesma resposta. Não vale a pena! Porque é que me habituei a remar contra a maré? Porque é que deixei as coisas chegarem a este ponto? Logo eu, que sempre defendi o contrário.
Quando tudo à volta deixa de ter sentido, quando as palavras já nem saem, quando o respeito acaba... o medo da mudança é tão pequeno, passa a ser insignificante.
Culpa...talvez! Mas acredito que neste caso não existem culpados, a vida ou nós, não sei! Sei que agora já não faz sentido. Talvez seja verdade, talvez eu tenha mudado...mas as pessoas crescem, evoluem, os objectivos mudam, e os sonhos também. É difícil quando não se fala a mesma língua, quando não se ouve a mesma música, quando somos perfeitos desconhecidos...é difícil olhar para trás e descobrir que aquilo que eu tanto quis se perdeu...ninguém mais do que eu tentou.
Tenho pena, tenho tanta pena...mas não vou ser feliz pela metade, mereço o tudo e neste momento o que tenho é o nada. Descobri isto quando entendi que ninguém é mais importante do que eu, fiquei farta de ser sempre a forte, a que aguenta tudo, a compreensiva, não tenho mais vontade de aguentar nos ombros a vontade dos outros. E a minha onde fica? será que depois de uma vida me vão agradecer por me ter esquecido de mim? É claro que não! acabaram os sacrifícios, as vontades perdidas, os medos infundados e as desculpas... eu vou eu quero mudar...
Força... acho que tenho alguma, mas vontade tenho muita. Não vou fazer o papel de coitadinha, foi coisa que sempre odiei...se tiver de chorar, choro, se tiver de errar, erro! Mas pelo menos não vivo na incerteza, não vivo na tristeza e com a sensação que estou a deitar fora o melhor que a vida me poderia dar. posso perder muito, acredito que sim! Mas aquilo que poderei ganhar supera todas as perdas.
Não vou ter medo...! Sei que não vai ser fácil, sei que vou perder pessoas importantes , sei que a minha vida vai ser diferente...mas mesmo assim eu tenho que arriscar, e quem não ficar a meu lado também não merece o sacrifício da minha felicidade. Esta é talvez a decisão mais difícil da minha vida, mas como costumo dizer: seja o que Deus quizer e o que o diabo deixar...mas vou mudar!
Olhei para trás, mais uma vez à procura de uma desculpa, sim...uma desculpa para o meu medo, medo de mudar! E pela milésima vez encontrei a mesma resposta. Não vale a pena! Porque é que me habituei a remar contra a maré? Porque é que deixei as coisas chegarem a este ponto? Logo eu, que sempre defendi o contrário.
Quando tudo à volta deixa de ter sentido, quando as palavras já nem saem, quando o respeito acaba... o medo da mudança é tão pequeno, passa a ser insignificante.
Culpa...talvez! Mas acredito que neste caso não existem culpados, a vida ou nós, não sei! Sei que agora já não faz sentido. Talvez seja verdade, talvez eu tenha mudado...mas as pessoas crescem, evoluem, os objectivos mudam, e os sonhos também. É difícil quando não se fala a mesma língua, quando não se ouve a mesma música, quando somos perfeitos desconhecidos...é difícil olhar para trás e descobrir que aquilo que eu tanto quis se perdeu...ninguém mais do que eu tentou.
Tenho pena, tenho tanta pena...mas não vou ser feliz pela metade, mereço o tudo e neste momento o que tenho é o nada. Descobri isto quando entendi que ninguém é mais importante do que eu, fiquei farta de ser sempre a forte, a que aguenta tudo, a compreensiva, não tenho mais vontade de aguentar nos ombros a vontade dos outros. E a minha onde fica? será que depois de uma vida me vão agradecer por me ter esquecido de mim? É claro que não! acabaram os sacrifícios, as vontades perdidas, os medos infundados e as desculpas... eu vou eu quero mudar...
Força... acho que tenho alguma, mas vontade tenho muita. Não vou fazer o papel de coitadinha, foi coisa que sempre odiei...se tiver de chorar, choro, se tiver de errar, erro! Mas pelo menos não vivo na incerteza, não vivo na tristeza e com a sensação que estou a deitar fora o melhor que a vida me poderia dar. posso perder muito, acredito que sim! Mas aquilo que poderei ganhar supera todas as perdas.
Não vou ter medo...! Sei que não vai ser fácil, sei que vou perder pessoas importantes , sei que a minha vida vai ser diferente...mas mesmo assim eu tenho que arriscar, e quem não ficar a meu lado também não merece o sacrifício da minha felicidade. Esta é talvez a decisão mais difícil da minha vida, mas como costumo dizer: seja o que Deus quizer e o que o diabo deixar...mas vou mudar!
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