segunda-feira, junho 23, 2008

O que vejo da minha janela


O que vejo da minha janela está dentro do meu coração!

Ontem, via um jardim maravilhoso, cheio de flores de espécies e cores variadas. No centro dos meus olhos, um lago de águas azuis da cor do céu, cheio de cisnes brancos nadando, enfeitando a paisagem e enfeitiçando meu olhar. Via também o arco-íris cortando o céu, disputando lugar ao sol.

Nos bancos espalhados pelo jardim, casais de namorados conversavam, fazendo declarações de amor eterno e outros passeavam de mãos dadas, aproveitando o pôr-do-sol alaranjado.

Nas copas das árvores, um bando de passarinhos gorjeava e outros enfileiravam nos fios de um lado a outro como se quizessem celebrar a liberdade comigo. Os anciões passeavam com as suas senhoras de braços dados, com os chapéus nas mãos e um largo sorriso nos lábios, fazendo-me acreditar que a vida no futuro seria muito melhor.

As crianças brincavam na relva com os seus pais, e a alegria era tanta que via através delas o futuro dos meus netos.

Mas hoje abri a janela e não vi nada, levei as mãos nos olhos e busquei a esperança de ontem e não a encontrei.

Só consegui ver uma floresta de pedras tentando alcançar o céu, crianças brincando presas em apartamentos, e outras disputando lugares nos semáforos da cidade.

Fechei os olhos, vivendo um mar de ansiedade, procurar dentro de mim o que ainda não possuia.

Despertar em mim a vontade de partilhar com Deus os sentimentos mais íntimos de felicidade, amor e equilibrio para a minha vida.

Com lágrimas nos olhos, fechei a minha janela.

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