A vida vou lembrando.
E afirmo no entardecer:
Cantando, rindo ou chorando.
Valeu a pena viver.
Junto a ti nunca supus.
Como fosse a solidão:
Só quando se extingue a luz.
Se conhece a escuridão.
Nevaram os meus cabelos.
Invernias doloridas.
Mas na alma meus sonhos belos.
São primaveras floridas.
Sofro da vida a batida.
Marco passo e só me resta.
Crer que na festa da vida.
Sou sempre o bombo da festa.
Há pesares silensiosos.
Mais eloquentes no entanto.
Que muitos ais clamorosos.
Entre dilúvios de pranto.
A mágoa que mais desola.
Mais punge e corrói é essa.
Que nunca ninguém consola.
Porque a ninguém se confessa.

1 comentário:
Gostei de ver que voltaste a escrever. foi uma alegria. Continua. Jinho.
Enviar um comentário