terça-feira, julho 01, 2008

Rimas ao entardecer



A vida vou lembrando.


E afirmo no entardecer:


Cantando, rindo ou chorando.


Valeu a pena viver.




Junto a ti nunca supus.


Como fosse a solidão:


Só quando se extingue a luz.


Se conhece a escuridão.




Nevaram os meus cabelos.


Invernias doloridas.


Mas na alma meus sonhos belos.


São primaveras floridas.




Sofro da vida a batida.


Marco passo e só me resta.


Crer que na festa da vida.


Sou sempre o bombo da festa.




Há pesares silensiosos.


Mais eloquentes no entanto.


Que muitos ais clamorosos.


Entre dilúvios de pranto.




A mágoa que mais desola.


Mais punge e corrói é essa.


Que nunca ninguém consola.


Porque a ninguém se confessa.

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei de ver que voltaste a escrever. foi uma alegria. Continua. Jinho.