terça-feira, maio 19, 2009

BARCO


A noite avançava.

E a grande dança em espiral continuava.

Som e sombra, percorria as velhas sensações.
Encontrando o seu caminho.

Á luz dos reflexos gélidos do sol.

Que se derretiam na erva da Primavera.

Encarnadas do Outono.
Andei às voltas durante mil anos.

A letra de um cântigo ao sol.

Dos indios navajos.

E o céu sussurrou-me as visões que ele trazia.

Sons, pequenos sons ininteligíveis.

Saiam da sua boca como fogo
E por fím descobria o significado.

De todas as pequenas pegadas.

Em todas as praias desertas.

Por onde alguma vez caminhara.

E de todas as cargas secretas.

Levadas por navios do amor.

Que jamais haviam navegado.

E de todos os rostos velados.

Que a viram passar por ruas.

Sinuosas de crepusculares.

O amanhecer, ergueu-se.

A sua solidão desvaneceu-se finalmente.

Finalmente. Vinha de tão longe.




















3 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Sei a que te referes. Ao nosso barco,.... às nossas pegadas e à espiral em que dançamos até ficarmos bem unidos. És o meu sonho,.... há muito, tornado realidade. Jinho doce. ATMT

Anónimo disse...

Depois de hoje falarmos, olhos nos olhos, o sorriso e a confiança de sempre, saíram fortalecidos. Não farei mais comentários no teu blog. Fá-los-ei sempre pessoalmente. ATMT