
A noite avançava.
E a grande dança em espiral continuava.
Som e sombra, percorria as velhas sensações.
Encontrando o seu caminho.
Á luz dos reflexos gélidos do sol.
Que se derretiam na erva da Primavera.
Encarnadas do Outono.
Andei às voltas durante mil anos.
A letra de um cântigo ao sol.
Dos indios navajos.
E o céu sussurrou-me as visões que ele trazia.
Sons, pequenos sons ininteligíveis.
Saiam da sua boca como fogo
E por fím descobria o significado.
De todas as pequenas pegadas.
Em todas as praias desertas.
Por onde alguma vez caminhara.
E de todas as cargas secretas.
Levadas por navios do amor.
Que jamais haviam navegado.
E de todos os rostos velados.
Que a viram passar por ruas.
Sinuosas de crepusculares.
O amanhecer, ergueu-se.
A sua solidão desvaneceu-se finalmente.
Finalmente. Vinha de tão longe.

3 comentários:
Sei a que te referes. Ao nosso barco,.... às nossas pegadas e à espiral em que dançamos até ficarmos bem unidos. És o meu sonho,.... há muito, tornado realidade. Jinho doce. ATMT
Depois de hoje falarmos, olhos nos olhos, o sorriso e a confiança de sempre, saíram fortalecidos. Não farei mais comentários no teu blog. Fá-los-ei sempre pessoalmente. ATMT
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