terça-feira, fevereiro 21, 2006

DEIXA QUE TE OLHE

Deixa que te olhe.
No dia cinza e triste da brisa.
Que se colou espessa nos vidros.
vago reflexo que não alcanço.
Ainda que a alma se expanda.
E te toque.
Deixa que pense.
Mesmo que seja num dia sem sol.
Que o sempre não é somente palavra.

De um dicionário coberto de pó.
E a vida não é veado que foge.
À nossa frente.
Deixa que sinta.
Como sopro leve, lábios conhecidos.
Que sussurre o tempo que já esperei.
A brisa que trazes nos dedos carícia.
E quanto serás eterno em meu corpo.
Que aguarda.

Deixa que a vida me diga de ti hoje e amanhã.
para que exista um sulco de esperança.
Semente plantada em dias de frio.
Na terra que piso.

1 comentário:

Anónimo disse...

LINDO. Lamento que não escrevas mais.