O remorso existe mesmo quando o mal que fizemos é o resultado de uma distração, ou de um acto involuntário.
O remorso não permite a boa consciência, a consciência fácil. É exigente, requer um radical e verdadeiro arrependimento, exige expiação, requer uma acção realmente reparadora. Impõe-me um outro modo de agir. Mas o remorso não se lava. Não se lava mesmo que a pessoa a quem prejudicámos nos tenha perdoado. Eu sinto remorsos até dos actos que não pude evitar.
A única forma possível de sair deste estado de decomposição moral social, é ter em conta o remorso.
Será preciso rever a minha própria história o meu egoismo, tomar conciência dos actos cometidos, reconhecer a minha própria culpa. Só com esta tomada de consciência é que poderei mudar e abrir-me de novo para o real, para vida sem culpa e para o amor que é o verdadeiro caminho da esperãnça.
Hoje meu mundo parou, não saberei caminhar dentro do meu remorso.
domingo, janeiro 30, 2005
sábado, janeiro 15, 2005
ESPERANÇA
Hoje, estou serena calma.Todavia, sinto tristeza, não por estar adoentada, mas qualquer coisa como o inatíngivel deixa meu espírito á deriva.Penso que devo distínguir as minhas metas pessoais - é também essencial saber renunciar humildemente a uma meta na qual sei que não terei êxito. Tento conduzir esta dificil busca espiritual, mas que devo fazer, então?Renunciar à ideia?Na verdade, emprego sempre uma forma de pensar muito imaginativa.Sofro porque não consigo conduzir esta difícil busca.Por vezes o desânimo é uma sedução perigosa para mim, porque me empurra para a inactividade, para o abandono, e deixa-me desarmada diante dos meus próprios sentimentos. Às vezes, o desânimo força-me a tomar consciência de uma realidade que preferia ter ignorado. Leva-me a procurar um equilíbrio diferente, um modo de vida alternativo. A minha vida é feita de buscas que se vão alargando. Quando era criança a procura era restritiva, o meu poder era limitado. Agora, adulta, devo conduzir por conseguinte o desânimo como um momento de pausa antes da minha cura espíritual, um momento de reflexão para corrigir os meus erros, uma ajuda para renunciar a alguma das minhas pretensões e para aprender a fazer apenas aquilo que é essencial, o que, a título de conclusão, faz de mim um novo ponto de partida.Porém, não é assim. Não sou apenas a vida que tenho vivido. Às vezes é pecisamente a dor, a injustiça, a doença que me abre as portas da mente, que me faz ver tudo aquilo que nunca antes tinha visto. A doença e o sofrimento podem fechar o corpo, mas nunca o espírito.Hoje falei com um amigo, falamos em caminhos paralelos de alguem que se perdeu.Quem se perdeu, quem se perdeu a capacidade de não viver em sociedade, de resistir aos seus impulsos destrutivos,É só na comunidade do amor, aquele que se perdeu a si mesmo, a sua moralidade e a sua sociabilidade, pode encontrar uma orientação e a força para o restabelicimento. Só quem ama compreende e conhece que a única força que assegura o cuidado com o ser humano é o amor. O dever não basta. O dever fica sempre à superfície das coisas.
Dedico estas palavras a alguém muito especial. Com esse alguem aprendi a resistir aos meus impulsos destrutivos, fiz da minha vida uma nova esperança.Encontrei nele uma Pátria dotada de compreensão, de carinho e amor. Obrigado por existires.
Dedico estas palavras a alguém muito especial. Com esse alguem aprendi a resistir aos meus impulsos destrutivos, fiz da minha vida uma nova esperança.Encontrei nele uma Pátria dotada de compreensão, de carinho e amor. Obrigado por existires.
quarta-feira, janeiro 12, 2005
SINTRA
Olho Sintra...Os seus montes as árvores e o vento.
Que o inverno frio, ainda enche de perfumes.
Meu olhar ao longe, só procura só quero.
As ternuras obscuras de amor, no momento.
Sintra, vejo a selvagem vegetação como um grito puro.
Será a pureza e a força da natureza.
Em sonho e presença, e o conhecimento do amor.
O céu vermelho arde, da cor secreta da tarde.
Onde meus passos seguem, na bruma da estrada.
Há instantes de força e de verdade.
Oiço o cantar de um deus que me embala.
Enchendo meu corpo de sól e de saudade.
Trazer para fora o maravilhoso orvalho.
Alimentando o vazio como o fogo.
Enquanto as sombras dissolvem a noite e o dia.
minha alma acorda, na mesma luz da aurora.
Mas como és belo, amor, de não durares.
E se quebram meus braços, no teu suor.
Ninguém o dá senão por um momento.
Que o inverno frio, ainda enche de perfumes.
Meu olhar ao longe, só procura só quero.
As ternuras obscuras de amor, no momento.
Sintra, vejo a selvagem vegetação como um grito puro.
Será a pureza e a força da natureza.
Em sonho e presença, e o conhecimento do amor.
O céu vermelho arde, da cor secreta da tarde.
Onde meus passos seguem, na bruma da estrada.
Há instantes de força e de verdade.
Oiço o cantar de um deus que me embala.
Enchendo meu corpo de sól e de saudade.
Trazer para fora o maravilhoso orvalho.
Alimentando o vazio como o fogo.
Enquanto as sombras dissolvem a noite e o dia.
minha alma acorda, na mesma luz da aurora.
Mas como és belo, amor, de não durares.
E se quebram meus braços, no teu suor.
Ninguém o dá senão por um momento.
sexta-feira, janeiro 07, 2005
PRESENÇA
No coração da vida e para além da vida.
No meu coração dos ritmos secretos.
Sonho e presença, de uma vida florindo.
A presença da pureza e a força do amor.
Vida crescendo, possuida e suspensa.
Tudo se irá perder do milagre da vida.
Das coisas que eu amaria e, seriam só minhas.
Presença, e o gesto luminoso de dois braços.
Do sofrimento esquecido, pela paz do amor.
Entranhas perfeitas, pura e harmoniosas.
Banhando em prantos os horizontes do louvor.
Mas não detenho a lei da vida que foge.
Perdida, sem saber se caminho, ou deliro.
Amor perfeito dado a um ser humano.
E semente que quero ou não sei se quero.
Das forças amarradas a mim mesma.
Eu quero caminhar como quem dorme.
Por muito que eu te chame ou persiga.
A vida me divide, o tempo me corta.
A vida me separa, onde o mar respira.
No meu coração dos ritmos secretos.
Sonho e presença, de uma vida florindo.
A presença da pureza e a força do amor.
Vida crescendo, possuida e suspensa.
Tudo se irá perder do milagre da vida.
Das coisas que eu amaria e, seriam só minhas.
Presença, e o gesto luminoso de dois braços.
Do sofrimento esquecido, pela paz do amor.
Entranhas perfeitas, pura e harmoniosas.
Banhando em prantos os horizontes do louvor.
Mas não detenho a lei da vida que foge.
Perdida, sem saber se caminho, ou deliro.
Amor perfeito dado a um ser humano.
E semente que quero ou não sei se quero.
Das forças amarradas a mim mesma.
Eu quero caminhar como quem dorme.
Por muito que eu te chame ou persiga.
A vida me divide, o tempo me corta.
A vida me separa, onde o mar respira.
terça-feira, janeiro 04, 2005
CURA
Não sou curandeira, não curo ninguém.
Vejo-me a mim própria como um passo no caminho da aotodescoberta.
Sem a certeza se chego lá.
Quero ser justa, mas começo a esconder-me de mim mesma.
E nem sequer sei quem realmente sou.
É apenas o que faço, e vejo meu coração a fraquejar.
Sinto-me perdida sem saber onde caminhar.
Entre Deus ou entre a humanidade.
Aqui, deposta finalmente a minha imagem.
Tudo o que sou e tudo o que é passagem.
Eu sou livre aqui - eco do meu rio.
Aqui sou eu o que dou, e em tudo o que amei.
Quando meu corpo apodrecer e eu for morta.
Outros amaram as coisas que eu curo, que eu esqueci.
E os meus cabelos dourados brilharão.
Caminharei contigo, com aquilo que penei.
Não pelos incertos actos que vivo.
Esperãnça e desespero me servem de alimento.
Mas, como usar o teu amor de entendimento.
Dá-me a cura, longe de razões é meu tormento.
Quando minha alma voa, cega de aves presas.
És o amor a florir de mil pomares.
Eu sou como um relógio no vazio.
E de eu te possuir sem tu te dares.
Cura-me...dissolve a noite e o dia.
Vejo-me a mim própria como um passo no caminho da aotodescoberta.
Sem a certeza se chego lá.
Quero ser justa, mas começo a esconder-me de mim mesma.
E nem sequer sei quem realmente sou.
É apenas o que faço, e vejo meu coração a fraquejar.
Sinto-me perdida sem saber onde caminhar.
Entre Deus ou entre a humanidade.
Aqui, deposta finalmente a minha imagem.
Tudo o que sou e tudo o que é passagem.
Eu sou livre aqui - eco do meu rio.
Aqui sou eu o que dou, e em tudo o que amei.
Quando meu corpo apodrecer e eu for morta.
Outros amaram as coisas que eu curo, que eu esqueci.
E os meus cabelos dourados brilharão.
Caminharei contigo, com aquilo que penei.
Não pelos incertos actos que vivo.
Esperãnça e desespero me servem de alimento.
Mas, como usar o teu amor de entendimento.
Dá-me a cura, longe de razões é meu tormento.
Quando minha alma voa, cega de aves presas.
És o amor a florir de mil pomares.
Eu sou como um relógio no vazio.
E de eu te possuir sem tu te dares.
Cura-me...dissolve a noite e o dia.
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