Hoje, estou serena calma.Todavia, sinto tristeza, não por estar adoentada, mas qualquer coisa como o inatíngivel deixa meu espírito á deriva.Penso que devo distínguir as minhas metas pessoais - é também essencial saber renunciar humildemente a uma meta na qual sei que não terei êxito. Tento conduzir esta dificil busca espiritual, mas que devo fazer, então?Renunciar à ideia?Na verdade, emprego sempre uma forma de pensar muito imaginativa.Sofro porque não consigo conduzir esta difícil busca.Por vezes o desânimo é uma sedução perigosa para mim, porque me empurra para a inactividade, para o abandono, e deixa-me desarmada diante dos meus próprios sentimentos. Às vezes, o desânimo força-me a tomar consciência de uma realidade que preferia ter ignorado. Leva-me a procurar um equilíbrio diferente, um modo de vida alternativo. A minha vida é feita de buscas que se vão alargando. Quando era criança a procura era restritiva, o meu poder era limitado. Agora, adulta, devo conduzir por conseguinte o desânimo como um momento de pausa antes da minha cura espíritual, um momento de reflexão para corrigir os meus erros, uma ajuda para renunciar a alguma das minhas pretensões e para aprender a fazer apenas aquilo que é essencial, o que, a título de conclusão, faz de mim um novo ponto de partida.Porém, não é assim. Não sou apenas a vida que tenho vivido. Às vezes é pecisamente a dor, a injustiça, a doença que me abre as portas da mente, que me faz ver tudo aquilo que nunca antes tinha visto. A doença e o sofrimento podem fechar o corpo, mas nunca o espírito.Hoje falei com um amigo, falamos em caminhos paralelos de alguem que se perdeu.Quem se perdeu, quem se perdeu a capacidade de não viver em sociedade, de resistir aos seus impulsos destrutivos,É só na comunidade do amor, aquele que se perdeu a si mesmo, a sua moralidade e a sua sociabilidade, pode encontrar uma orientação e a força para o restabelicimento. Só quem ama compreende e conhece que a única força que assegura o cuidado com o ser humano é o amor. O dever não basta. O dever fica sempre à superfície das coisas.
Dedico estas palavras a alguém muito especial. Com esse alguem aprendi a resistir aos meus impulsos destrutivos, fiz da minha vida uma nova esperança.Encontrei nele uma Pátria dotada de compreensão, de carinho e amor. Obrigado por existires.
sábado, janeiro 15, 2005
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