quarta-feira, janeiro 12, 2005

SINTRA

Olho Sintra...Os seus montes as árvores e o vento.
Que o inverno frio, ainda enche de perfumes.
Meu olhar ao longe, só procura só quero.
As ternuras obscuras de amor, no momento.
Sintra, vejo a selvagem vegetação como um grito puro.
Será a pureza e a força da natureza.
Em sonho e presença, e o conhecimento do amor.

O céu vermelho arde, da cor secreta da tarde.
Onde meus passos seguem, na bruma da estrada.
Há instantes de força e de verdade.
Oiço o cantar de um deus que me embala.
Enchendo meu corpo de sól e de saudade.

Trazer para fora o maravilhoso orvalho.
Alimentando o vazio como o fogo.
Enquanto as sombras dissolvem a noite e o dia.
minha alma acorda, na mesma luz da aurora.
Mas como és belo, amor, de não durares.
E se quebram meus braços, no teu suor.

Ninguém o dá senão por um momento.

Sem comentários: