segunda-feira, maio 09, 2005

Minha Mãe

Tomei nas minhas mãos a sombra escura.
E embalei teu rosto no silêncio nos meus braços.
Na minha ilusão estás viva.
A minha ânsia carregada de impossível.
Contra tuas formas perfeitas do invisível.
Enquanto olho as estrelas e a água a cair.
Murmuro as palavras num gesto dum impulso.
procuro-te docemente a sonhar entre flores.
Onde te encontras distante e inatingível.
Onde a noite é solitária e pura.

Calaram-se os meus sonhos perdidos.
Entre caminhos num ir lento.
Onde oiço o teu livre e luminoso chamamento.
Tua voz se quebra e sobe onde o vento corre.
Onde encontro tuas mãos onde a terra é escura.
Não resignada olho as leis de Deus.
Tentando obedecer aos princípios da execusão.
Onde minha súplica prevista na lei.
Onde momentos de amor e saudade.
Serás sempre um milagre criado só para mim.
Onde minha súplica murmura baixinho.

Minha mãe. Minha mãe.

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