Resposta a Livia Viera
Na vida temos constantes motivos de desânimo. Poucas são as vezes em que tudo acontece como queremos.É evidente que ficamos felizes quando passamos num exame, quando fazemos um bom negócio, quando somos correspondidos no amor, quando encontramos amigos que nos são queridos. Mas, ao lado destas situações agradáveis, existem muitíssimas outras desagradáveis, tristes. Os insucessos profíssionais, a maldade dos colegas ou dos superiores, a ingratidão dos que foram beneficiados, as doenças, as traições dos amigos ou de quem amamos. Não é fácil suportar estes golpes quando eles, em conjunto, se abatem sobre nós. Primeiramente lutamos, debatemo-nos, protestamos, esgotamos todos os nossos recursos de confiança, de optimismo. Em seguida, qualquer coisa dentro de nós sucumbe e tornamo-nos presa fácil do desânimo.
O desãnimo é um grau mais ligeiro do desespero. Não perdemos toda a confiança, toda a esperança, mas ficamos abatidos, tristes, cansados de lutar. Desejamos parar, abandonar-nos a um canto qualquer, não pensar em mais nada.
O desânimo é uma solução perigosa porque nos empurra para a inactividade, para o abandono, e deixa-nos desarmados diante das adversidades.
Às vezes o desânimo força-nos a tomar consciência de uma realidade que teríamos preferido ignorar. Leva-nos a procurar um equilíbrio diferente, um modo de vida alternativo. A nossa vida é feita de buscas que se vão alargando.Não somos apenas os nossos êxitos amorosos, ou profissionais. Somos sempre mais do que aquilo que fizemos e fazemos. Nós somos dominados pela nossa sofreguidão de bens, pelo nosso egoismo, pela nossa vaidade. Se a frustação, a derrota e a dor nos ajudam a libertar deles, então, isso não consttitui uma perda, mas sim um ganho. se conseguirmos desapegar-nos dos bens, se conseguimos superar a amargura da renúncia, se passamos a ser capazes de agir, não em favor de nós próprios, mas dos outros, tornamo-nos mais livres.
devemos, por conseguinte, considerar o desânimo como um momento de pausa antes da cura, um momento de reflexão para corrigir os nossos erros, uma ajuda para renunciar algumas das nossas pretensões e para aprender a fazer apenas aquilo que é essencial, o que, a título de conclusão, faz dele um novo ponto de partida.
O domínio da própria ansiedade é uma qualidade essencial do professor. Ai dele se fizer transparecer a sua ansiedade, o seu receio: os alunos entram em pãnico e tudo o que querem aprender vai contra os rochedos. Como boa mestra não deixes que isso aconteça, as consequência são sempre negativas.

2 comentários:
Luisa,
Estava precisando ouvir estas palavras. Na verdade, foi a melhor coisa que fiz, desabafar, porque assim tive a oportunidade de aprender coisas importantes, de saber, também, que não sou única neste caminhar. Bjo grande.
Olá Luísa, como se trata de um post dirigido a alguém, abstenho-me de comentar. Apensar quero dizer que é sempre um prazer voar até aqui. Um abraço do Pássaro Distante
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