Eu aqui fechada nos meus pensamentos, envolta em sentimentos, começo a divagar...Que saudades do tempo que teima em não voltar, que saudades dos dias caminhando à beira mar, que saudades do azul do céu ao entardecer. Fecho os olhos e pelas recordações começo a voar...as noites passadas ao luar, as histórias contadas à lua, as promessas feitas às estrelas, as confidencias feitas ao mar, momentos de encantar. São recordações que hoje teimam em não me abandonar, verão de tardes quentes, povoados de olhares, de palavras sussurradas, de emoções guardadas, de recordações pelo vento levadas. E deixo-me levar. Levar, e o vento com a sua melodia vem ao meu ouvido cantar, eu deixo-me levar e voo para perto do mar, onde os sonhos andam soltos numa história de encantar!...
E penso, para onde nos leva a vida? Que caminhos devemos seguir? que opções devemos tomar? Deveremos ser conduzidos, ou antes não nos deixar levar.
Tantas são as perguntas e tão poucas são as respostas...vivemos muitas vezes numa dúvida indefinida, numa dimensão perdida. Sentimos, ouvimos, lutamos por causas perdidas. Recusamos olhar em volta, vivemos trancados num mundo injusto, e acomodados, levamos a existência agarrados ao ontem, temendo o amanhã! Seria mais fácil abrir o coração, dizer adeus á submição, sonhar com a criação e deixar de temer e sofrer por algo sem razão? Tantas são as escolhas, tantas são as falhas, tantas as injustiças, tantas são as lutas que diarimente temos que travar, e para quê? Preciso de tudo isto para me encontrar? No final, para trás vou olhar e dizer: os sonhos que consegui realizar?
A vida nem sempre é fácil, a estrada nem sempre é a direito, o caminho nem sempre se mostra...mas se ouvirmos o coração, se continuarmos a sonhar, se aprendermos a amar, talvez consigamos, mesmo com duvidas, avançar!
Ás vezes basta tão pouco...Ás vezes basta olhar...Ás vezes basta amar!

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