quarta-feira, fevereiro 02, 2005

ENIGMA

Àquele amor inteiro e nunca cego.
Trespassado de espanto e de segredo.
Até á mais funda limpídez do instinto.
Acaricio teus cabelos em anel e me dão vida.
E quaze fico imóvel no fogo dos teus beijos.
É através de ti que meus rios caminham.

Sobre teus ombros poisa o segredo do meu amor.
Ele pesa como o fruto pleno no bosque da brisa.
Na noite invoco a tua sombra grande e solene.
Porque tua alma é minha na imortalidade.
Onde beberei teu sangue duas vezes puro.
E meus olhos fechados em teu rosto.

Aqui o enigma que me interroga desde sempre.
Eu te cerco de muros e de abismos.
Chamo por ti, reúno os meus destroços.
E no chão vejo meu rosto branco.
Divididos em estilhaços de amor por ti.
E celebro a tua chegada à ilha, com sorrisos de alegria.


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