Tenho em mim um mar de nuvens mas, o sol esse, Deus meu! está sempre lá a desenhar-me o Ver...ando nos caminhos com ele, à chuva, no vento. Nos meus e nos teus, mais nos teus que nos meus, porque te olho, para aprender a cor com que se pinta o mar...
As palavras não me dizem nada. Já não! desfazem-se no silêncio caídas, sózinhas no vazio das letras sem sentido, delas, os meus já não se desenham, nelas desenformam-se deformadas em nuvens-de-pó de giz colorido nas chuvas-de-estio, em vapores de solidão desabraçada, nas noites de mocho- cego, macho enfeitiçado. As palavras não me dizem correm sem mim, no poema que não fiz. É dia de poetas, estou surda, invento vazios, cinzentos e as palavras aqui e eu sem mim. Neste deserto.
segunda-feira, dezembro 12, 2005
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