sábado, junho 11, 2005

ILHA

Os pensamentos que escolho são geralmente as ferramentas que utilizo para pintar a tela da minha vida. Sou muito mais que o meu corpo e a minha personalidade. O espírito interior é sempre maravilhoso e cheio de amor, por mais que queira ser diferente, por mais que a minha aparência exterior mude.
Para mim...Todas as teorias do mundo não têm qualquer valor a não ser que resultem em acção, mudança positiva e, finalmente em cura.
Hoje , meu querido blog estou triste, busco refúgio, dentro de mim . Eu sou a minha ilha pessoal, poderia, também, aparecer como uma ilha subjectiva, que só existe dentro de mim própria, onde posso criar a minha própria imaginação, mas com o mesmo significado e poder. Ou então surgir de uma forma de um sistema filosófico, ideológico ou religioso coerente com a natureza de quem busca refúgio. Buda, num caso agudo de percepção psicológica e espíritual, oferecia a si mesmo e a sua doutrina como ilha ou refúgio para todo o sofrimento causado pela ignorãncia, pelo ódio, pelos apegos.
Nestes dias quando me confronto com a realidade, vivo e luto para sobreviver, aquilo que permite a saída da monotomia do quotidiano,da mediocridade do meio hurbano moderno, das neuroses colectivas, do caos que constantemente ameaça tragar a minha precária individualidade. Através da experiência da minha pequena ilha pessoal aproximo-me da grande ilha impessoal , o self - a ilha sagrada que flutua no mais profundo do meu ser.
Sempre que me lembro do mestre, penso que no mundo há provavelmente mais mestres interessados em ensinar do que alunos capacitados a receber ensinamentos. Há uma lei esotérica fundamental, conhecida como lei da transmissão do conhecimento.Essa lei diz que o conhecimento é material: ele tem um peso, uma densidade, uma substância em tudo análoga à substância material. O aluno precisa do mestre para sair do limbo da própria ignorância, mas o mestre também precisa do aluno, pois sem ele a sua qualidade de mestre perde completamente o significado. Daí a minha grande preocupação, é encontrar alunos capacitados para receber aquilo que eu poderei ensinar sem me julgarem louca. O deserto costuma marcar profundamente aqueles que com ele se defrontam de coração aberto. na ilha, mesmo nesta da memória, recupero o meu eixo criativo. A ilha acolhe-me sempre, e nunca me traiu.

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