segunda-feira, junho 06, 2005

MUNDO CRUEL

Às vezes, ao invés da esperança.
Fechamos a nossa alma definitivamente.
E bem no fundo da nossa alma.
Colocamos trancas e não abrimos mais.
Finjo não me aperceber da minha clausura.
Da passagem fechada à chave onde ninguém entra.
Daí ter que admitir isso.

Assim acabo, por me acomodar.
E não me abrindo para as pessoas que eu amo.
Porque não quero que ningém invada.
A porta que eu tranquei.
Não gosto que me leiam os pensamentos.
Que saibam quando ando à deriva.
Preciso ter histórias para contar.
Duma existência passada em solidão.
Dum mundo cruel sem limites.
Que me botaram para a vida.
Onde fui capaz de caminhar para a frente.

Um dia, talvez venha a entender.
Que precisei de sofrer várias provações.
E receber alguma recompensa.
É que nada acontece por acaso.

( Ou será que acontece? )

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