sexta-feira, junho 02, 2006

QUANDO SE AMA

Basta-me abrir os olhos! Qualquer objecto que estiver ao meu redor, qualquer ser vivo ou inanimado que a natureza coloca ao nosso alcanse, qualquer sombra, astro, estrela, satélite, qualquer grão de areia, qualquer ser humano, permitirá que eu te veja, já que eu te encontro em tudo que meus olhos alcançam.
Basta-me aguçar os ouvidos! Qualquer som, qualquer música, qualquer melodia, qualquer palavra, o silvo do vento, a sinfonia dos pássaros, o balançar das árvores e flores, o som da chuva, ou das águas do mar, dos rios, das cascatas, ou das brincadeiras infantis, dos veículos no trânsito, da campainha de um telefone, do motor de um avião, do choro de uma criança ou, até mesmo, o som do silêncio, permitirá que eu te ouça, já que a tua voz está dentro dos meus ouvidos.
Basta-me fechar os olhos! Tornar-me surda, muda, ausentar-me do meu corpo, esquecer-me de mim. E sentirei minha alma abraçando a tua, os nossos anjos encontrando-se, o meu coração batendo à porta do teu, os meus pensamentos querendo adivinhar os teus, os meus sentimentos totalmente entregues ati.
Basta-me orar! E estarei rogando por ti, por tua saúde, por tua paz, por tua alegria, pela tua felicidade.
Não seria, então, muito melhor que essa luta incansável tenha um fím e que tu nos permitas viver com felicidade e harmonia, essa dávida que a vida nos deu? Jamais haverá grandes ou pequenas distâncias entre nós, ainda que elas possam existir fisicamente, porque o amor não sabe o que é isso, não aprova, não compactua, não reconhece, não deixa espaço entre almas que se pertencem. E a minha sempre te pertenceu!

1 comentário:

Anónimo disse...

Haverá paz e harmonia. Prometo. Porque tu (nós) mereces