Sentada à beira rio choveu. Enquanto a chuva escorria pelo meu corpo chorei. Chorei e chorei sem parar enquanto chovia até que já nada me doia. A chuva tinha lavado, os céus tinham-me retirado saudades e silêncios. Na minha actual existência, eu já não tenho ideias. Só lembranças. Sobre aquelas chuvas intensas nenhum cristo andou. O vento sopra forte contra mim, e me devolve ao meu próprio pensamento. Por alguns instantes, não pensei em nada. A claridade do luar à beira rio era suficiente para que eu pudesse ver o meu vulto. Senti frio. Dentro de mim saiu. Eu amo-te - estou aprender a amar-te. Eu sabia do que eu estava a pensar. E continuei na beira rio sentada, os meus pensamentos, naquele momento, de nada valiam. O amor descobre-se através da prática do amor.
Um ser humano dividido não consegue enfrentar a vida com dignidade. Comecei a imaginar de que maneira de estar a viver naquele momento. Eu gostaria de estar alegre, curiosa, feliz.
A viver intensanente cada minuto, a beber com sede da água da vida. Amar o homem que me amava. Confiar novamente nos sonhos. Sim esta era a mulher que eu gostaria de ser. E que de repente aparecia, e transformava-se em mim.
Parou de chover, uma parte de mim deixava meu corpo. E eu olhava a mulher que ia nas águas do rio, a outra caminhava frágil, cansada, desiludida. Tentando julgar o amor futuro pelo sofrimento passado. O amor é sempre novo. E então levantei-me abri a janela do meu coração e deixei entrar o sol.
segunda-feira, agosto 30, 2004
Passeando
Passeando à beira mar, penso. Raramente nos damos conta que estamos cercados pelo extraordinário. Os milagres acontecem à nossa volta, os sinais de Deus mostram-nos o caminho.
Todos nós já o experimentámos na vida, todos nós em algum momento, já dissemos entre lágrimas!... Estou a sofrer por amor que não vale a pena. Sofremos porque achamos que damos mais do que recebemos. Sofremos porque o nosso amor não é reconhecido. Sofremos porque não conseguimos impor as nossas regras. Enquanto caminho penso e sofro à toa: porque no amor está a semente do meu crescimento. Quanto mais amo, mais próxima estou da experiência espiritual e falo comigo mesma ( Santa Loucura).
Caminho olhando o mar ao longe, saltitando na água como as crianças, meus olhos estavam alegres - pensava quem ama vence o mundo, não tem medo de perder nada.O verdadeiro amor é um acto de entrega total. É preciso correr riscos, e só agora percebo isso, o amor é o milagre da vida quando deixei que o inesperado acontecesse. Esta é a minha herança: a certeza de que não desperdicei a minha vida.
Todos nós já o experimentámos na vida, todos nós em algum momento, já dissemos entre lágrimas!... Estou a sofrer por amor que não vale a pena. Sofremos porque achamos que damos mais do que recebemos. Sofremos porque o nosso amor não é reconhecido. Sofremos porque não conseguimos impor as nossas regras. Enquanto caminho penso e sofro à toa: porque no amor está a semente do meu crescimento. Quanto mais amo, mais próxima estou da experiência espiritual e falo comigo mesma ( Santa Loucura).
Caminho olhando o mar ao longe, saltitando na água como as crianças, meus olhos estavam alegres - pensava quem ama vence o mundo, não tem medo de perder nada.O verdadeiro amor é um acto de entrega total. É preciso correr riscos, e só agora percebo isso, o amor é o milagre da vida quando deixei que o inesperado acontecesse. Esta é a minha herança: a certeza de que não desperdicei a minha vida.
domingo, agosto 15, 2004
Só Deus sabe porque choro
Do lado de fora da janela o céu está coberto de estrelas, com uma lua linda que sobe por trás das montanhas de Sintra. Os poetas gostam da lua, escrevem milhares de versos sobre ela.
Quero expandir encher de luz todo o meu coração, mas antes dou por mim numa inevitável decadência. Estou separada do meu desejo de ser feliz, existe um muro que não consigo transpor. São as minhas imagens que não saem da minha cabeça. Por isso é que estou a chorar.
Quando tomei os comprimidos, eu queria matar alguém que eu detestava. Não sabia o que existia dentro de mim, outras Luísas que eu queria amar. -O que faz uma pessoa detestar-se a si mesma? -Talvez a covardia. Ou o eterno medo de estar errada, de não fazer o que os outros esperam. Há alguns minutos estava alegre, depois veio à minha cabeça a minha sentença de morte. Fecho-me sózinha apago as luzes, aconchego-me no canto do sofá, o meu tremor transforma-se em soluços baixos, tímidos, contidos, e penso porque é que uma miúda de 13 anos bonita, jovem, que tem a vida pela frente, resolve-se matar.
-A sala de estar é isolada o meu choro não perturba ninguém, preciso de me controlar. Sou alguém que leva até ao fim qualquer coisa que decida fazer. Consigo dar a aparênciada mulher independente, quando sou simplesmente um ser derrotado pelos meus fantasmas, e necessito desesperadamente de carinho. O amor que dou e não peço nada em troca consegue encher-me de culpa. Oiço uma noite com Mozart, amanhã nascerá o sol e quero ver alguem que me enche o coração.
Quero expandir encher de luz todo o meu coração, mas antes dou por mim numa inevitável decadência. Estou separada do meu desejo de ser feliz, existe um muro que não consigo transpor. São as minhas imagens que não saem da minha cabeça. Por isso é que estou a chorar.
Quando tomei os comprimidos, eu queria matar alguém que eu detestava. Não sabia o que existia dentro de mim, outras Luísas que eu queria amar. -O que faz uma pessoa detestar-se a si mesma? -Talvez a covardia. Ou o eterno medo de estar errada, de não fazer o que os outros esperam. Há alguns minutos estava alegre, depois veio à minha cabeça a minha sentença de morte. Fecho-me sózinha apago as luzes, aconchego-me no canto do sofá, o meu tremor transforma-se em soluços baixos, tímidos, contidos, e penso porque é que uma miúda de 13 anos bonita, jovem, que tem a vida pela frente, resolve-se matar.
-A sala de estar é isolada o meu choro não perturba ninguém, preciso de me controlar. Sou alguém que leva até ao fim qualquer coisa que decida fazer. Consigo dar a aparênciada mulher independente, quando sou simplesmente um ser derrotado pelos meus fantasmas, e necessito desesperadamente de carinho. O amor que dou e não peço nada em troca consegue encher-me de culpa. Oiço uma noite com Mozart, amanhã nascerá o sol e quero ver alguem que me enche o coração.
Além da vida
A vida não me pertence, embora faça parte de mim.
Tudo o que sou a Deus devo.
Ele me criou, para que eu me possa dividir. Para todos que entram na minha vida.
Ninguem se cruza comigo por acaso, e sem nenhuma razão.
Tenho muito que dar e receber; e muito que aprender, com a vida, com as pessoas, tudo o que acontece comigo é com uma razão precisa. Não deverei lamentar-me, além de não servir de nada, tudo vai servir para me vendar os olhos e ver o caminho. Quando não consigo tirar da cabeça alguém que me feriu, estou somente a tornar essa ferida maior, e sofrer sem sentido. Muitas vezes bem sei que as pessoas não me ferem voluntariamente, e a pessoa nem se apercebeu; mas só que me sinto decepcionada, porque aquela pessoa não correspondeu às minhas expectativas. Tenho que acreditar quando alguém me disser que não me magoou com intenção. Tenho que perdoar e nunca negar ajuda a essa pessoa e fazer o que está ao meu alcance. Deus não vem em pessoa para me abençoar, ele sabe que estou cá para cumprir a sua missão. Todos nós podemos ser seus mensageiros. A vida para além da vida está nas mãos de todos nós. Tenho que viver de maneira que quando me for embora, muito de mim ainda fique naqueles que tiveram a boa ventura de me encontrar, e eu de os encontrar também.
Tudo o que sou a Deus devo.
Ele me criou, para que eu me possa dividir. Para todos que entram na minha vida.
Ninguem se cruza comigo por acaso, e sem nenhuma razão.
Tenho muito que dar e receber; e muito que aprender, com a vida, com as pessoas, tudo o que acontece comigo é com uma razão precisa. Não deverei lamentar-me, além de não servir de nada, tudo vai servir para me vendar os olhos e ver o caminho. Quando não consigo tirar da cabeça alguém que me feriu, estou somente a tornar essa ferida maior, e sofrer sem sentido. Muitas vezes bem sei que as pessoas não me ferem voluntariamente, e a pessoa nem se apercebeu; mas só que me sinto decepcionada, porque aquela pessoa não correspondeu às minhas expectativas. Tenho que acreditar quando alguém me disser que não me magoou com intenção. Tenho que perdoar e nunca negar ajuda a essa pessoa e fazer o que está ao meu alcance. Deus não vem em pessoa para me abençoar, ele sabe que estou cá para cumprir a sua missão. Todos nós podemos ser seus mensageiros. A vida para além da vida está nas mãos de todos nós. Tenho que viver de maneira que quando me for embora, muito de mim ainda fique naqueles que tiveram a boa ventura de me encontrar, e eu de os encontrar também.
quinta-feira, agosto 12, 2004
Colégio Interno
Eu volto para a camarata no convento. Tento ler um livro, por baixo da luz do silêncio, minha cabeça começava a doer, e meus olhos a chorar. Toca o silêncio, tudo deixava!... o que restava apenas a minha liberdade do meu pensamento que voava. Toca a alvorada, exactamente à mesma hora, repito mecanicamente as tarefas nas oficinas que me são confiadas. Depois volto ao trabalho, sempre os mesmos comentários sobre quem vai embora para a família, quem sofre, algumas têm inveja de mim dizem que sou uma privilegiada. Olho para dentro de mim, sou ruínas mais nada. Por exemplo, estou há anos aqui fechada, estou presa, sem família, que fiz eu!... nada.
Penso estou viva, todos pensavam que eu era uma menina feliz, só porque não me queixava nem chorava, e ninguem sabia o que existia de solidão, de amargura, de renúncia, atrás de toda aparência de felicidade, gastei toda a minha energia a lutar contra mim mesma.
O melhor era aceitar, a vida como ela era na realidade. Eu queria morrer, a pouco e pouco ia cortando os laços com o mundo, sempre era julgada por uma lógica absurda não tinha importância, julgamento (onde o mais experiente vencia o ingénuo) e castigo. Hoje olho-me no espelho sou uma réstia do que me fizeram, tentei odiar o mundo. Mas o mundo não odiei, olho sempre em frente tentando amar as pessoas, porque Deus me ama a mim.
Penso estou viva, todos pensavam que eu era uma menina feliz, só porque não me queixava nem chorava, e ninguem sabia o que existia de solidão, de amargura, de renúncia, atrás de toda aparência de felicidade, gastei toda a minha energia a lutar contra mim mesma.
O melhor era aceitar, a vida como ela era na realidade. Eu queria morrer, a pouco e pouco ia cortando os laços com o mundo, sempre era julgada por uma lógica absurda não tinha importância, julgamento (onde o mais experiente vencia o ingénuo) e castigo. Hoje olho-me no espelho sou uma réstia do que me fizeram, tentei odiar o mundo. Mas o mundo não odiei, olho sempre em frente tentando amar as pessoas, porque Deus me ama a mim.
Eco
Subi a montanha para reencontrar as vozes secretas da natureza.
E dentro de mim!... Vi as estrelas moverem-se vi o nascer do sol.
Ao subir no mesmo movimento de amor e de adoração
Vi o eterno renascimento de todas as coisas.
O eco respondeu em sintonia ao meu grito.
É assim que a roda gira, levando vivos e mortos.
O sol e a chuva, a noite e o dia, na dança do regresso eterno.
O eco dançou porque a terra é sua antepassada, é sagrada.
Quanto mais subia, aprendia a contemplar a magia da montanha.
E as águas dos rios envenenadas, mas o sol nasce todos os dias.
Aprendi a contemplar o que não muda, à minha volta.
O eco respondeu ao meu grito.
Todas as manhãs, deves ter um pensamento para que nasça o sol.
Aprende a permanecer livre. A criação recomeça contigo.
Gritei com a força da minha alma!... O eco respondeu.
Aprende a interrogar o silêncio!... Ele é a terra interior.
O espaço sagrado onde se enraíza o teu espírito.
Deixa-te caminhar na beleza, e faz com que os teus olhos distingam o amor.
Mesmo calada, o eco falava como uma carícia.
Ao descer a montanha vinha em silêncio, o eco pouco dizia.
Meu espírito alerta permanecia!... o eco de vez em quando respondia.
Aprende a orar se quiseres ajudar os outros.
Mergulha dentro de ti mesmo e transforma-te em teu próprio curandeiro.
Quanto mais descia! O eco quase adormecia.
Mas eu ouvia sua voz ao longe que dizia.
Observa a flor que treme sob a violência do vento.
É dentro de ti que se situa o lugar do maior amor.
Então teu espírito abrir-se-á como uma flor para o eco.
O eco revelar-te-á a sua beleza e o amor da tua vida.
O eco se calará, e ficará atento como o primeiro sol da manhã.
E dentro de mim!... Vi as estrelas moverem-se vi o nascer do sol.
Ao subir no mesmo movimento de amor e de adoração
Vi o eterno renascimento de todas as coisas.
O eco respondeu em sintonia ao meu grito.
É assim que a roda gira, levando vivos e mortos.
O sol e a chuva, a noite e o dia, na dança do regresso eterno.
O eco dançou porque a terra é sua antepassada, é sagrada.
Quanto mais subia, aprendia a contemplar a magia da montanha.
E as águas dos rios envenenadas, mas o sol nasce todos os dias.
Aprendi a contemplar o que não muda, à minha volta.
O eco respondeu ao meu grito.
Todas as manhãs, deves ter um pensamento para que nasça o sol.
Aprende a permanecer livre. A criação recomeça contigo.
Gritei com a força da minha alma!... O eco respondeu.
Aprende a interrogar o silêncio!... Ele é a terra interior.
O espaço sagrado onde se enraíza o teu espírito.
Deixa-te caminhar na beleza, e faz com que os teus olhos distingam o amor.
Mesmo calada, o eco falava como uma carícia.
Ao descer a montanha vinha em silêncio, o eco pouco dizia.
Meu espírito alerta permanecia!... o eco de vez em quando respondia.
Aprende a orar se quiseres ajudar os outros.
Mergulha dentro de ti mesmo e transforma-te em teu próprio curandeiro.
Quanto mais descia! O eco quase adormecia.
Mas eu ouvia sua voz ao longe que dizia.
Observa a flor que treme sob a violência do vento.
É dentro de ti que se situa o lugar do maior amor.
Então teu espírito abrir-se-á como uma flor para o eco.
O eco revelar-te-á a sua beleza e o amor da tua vida.
O eco se calará, e ficará atento como o primeiro sol da manhã.
Duas Metades
Quando me olhas meu amor!.. sinto teu olhar perguntar, Quem és?
Sou o vento forte que te ama, tu a bonança que me amanhece.
Nem eu sei quem sou!,, Nem tu sabes para que vou.
Só sei que metade de mim são os meus sonhos, neles te encontrei.
A outra metade é uma longa estrada percorrida, sempre caída.
É o escuro são pesadelos duma vida chorada e rejeitada
Não me conheço, sou o que sou, nunca soube a resposta.
Metade de mim é o amor e desejo.
A outra metade é renúncia é a dor, dum rumo sem fim.
Caminho na estrada preciso fazer o fim da caminhada
Metade de mim é o tudo!... A outra metade é o meu nada.
Pergunto ao vento a resposta! não diz nada.
Parte de mim é o emotivo, a outra parte é o que me foi predestinado.
Luto pela vida querendo saber quem sou.
Sou espirito que veio ao acaso, se reencarnou.
Minha metade tem garra é valente, a outra parte simplesmente se acomodou.
Busco por mim, onde poderei me encontrar.
Sou ponte partida, sem laço para consertar.
A chuva diz ao vento, o sol ao céu para me amar.
A tempestade avança querendo me cuidar.
Vejo-me no tempo decrescente.
Sou pó no túnel da vida que não brilha.
Minha metade avança para a esperança.
A outra esmorece, e cai sem vida.
Eu sou metade do tempo que fascina as gente.
A outra é o poente longo e triste e inconveniente.
Procuro o tempo que não tenho, o tempo vem ao meu encontro.
eu sou humildade, triste , mas contente.
metade de mim é amor, a outra metade também.
Sou o vento forte que te ama, tu a bonança que me amanhece.
Nem eu sei quem sou!,, Nem tu sabes para que vou.
Só sei que metade de mim são os meus sonhos, neles te encontrei.
A outra metade é uma longa estrada percorrida, sempre caída.
É o escuro são pesadelos duma vida chorada e rejeitada
Não me conheço, sou o que sou, nunca soube a resposta.
Metade de mim é o amor e desejo.
A outra metade é renúncia é a dor, dum rumo sem fim.
Caminho na estrada preciso fazer o fim da caminhada
Metade de mim é o tudo!... A outra metade é o meu nada.
Pergunto ao vento a resposta! não diz nada.
Parte de mim é o emotivo, a outra parte é o que me foi predestinado.
Luto pela vida querendo saber quem sou.
Sou espirito que veio ao acaso, se reencarnou.
Minha metade tem garra é valente, a outra parte simplesmente se acomodou.
Busco por mim, onde poderei me encontrar.
Sou ponte partida, sem laço para consertar.
A chuva diz ao vento, o sol ao céu para me amar.
A tempestade avança querendo me cuidar.
Vejo-me no tempo decrescente.
Sou pó no túnel da vida que não brilha.
Minha metade avança para a esperança.
A outra esmorece, e cai sem vida.
Eu sou metade do tempo que fascina as gente.
A outra é o poente longo e triste e inconveniente.
Procuro o tempo que não tenho, o tempo vem ao meu encontro.
eu sou humildade, triste , mas contente.
metade de mim é amor, a outra metade também.
terça-feira, agosto 10, 2004
Tempo
Aquele era um tempo sem amor, a terra estava aberta a futuros, como uma folha branca em mão de criança!... a criança que eu era. Meu pai era apenas o nome. Homem desamarrado insensível e desumano. O riso dele gravado na minha memória, são máscaras debutadas pelas lágrimas da minha alma. Ao morrer minha mãe, ele possuia as mulheres sem excepção, ele as desfrutava na mesma cama, sobre o mesmo lençol. Onde eu pequena tantas vezes esses mesmo eu lavava com mãos geladas a sangrar. Ter um pai assim, era ter o inimigo em casa. Muitas vezes chamava pai, respondia!... não te conheço. não me chames de pai. Passei anos a tentar compreender estas palavras. Lembra-me quando era mais miúda, quando ainda vivia com ele, prendeu-me a mão
com a corda grossa que eu saltava bateu!... bateu, minhas pernas em sangue eu não chorava, mas gemia. Amava aquela casinha fazia-me lembrar minha mãe, nada restava dela para sentir seu afago debaixo dessa cama eu me escondia e adormecia. Quando o via chegar meu medo nem quero lembrar, eu entrava em agonia. Desse tempo recordo o Adeus de minha mãe:
a quinta onde eu brincava, os ares das tardes de verão, as cores do céu, o precoce despertar da lua. Minha casinha, minha lua, minha mãe, tudo se foi embora!... o tempo também.
Meu vazio continua até quando chegar a minha hora.
com a corda grossa que eu saltava bateu!... bateu, minhas pernas em sangue eu não chorava, mas gemia. Amava aquela casinha fazia-me lembrar minha mãe, nada restava dela para sentir seu afago debaixo dessa cama eu me escondia e adormecia. Quando o via chegar meu medo nem quero lembrar, eu entrava em agonia. Desse tempo recordo o Adeus de minha mãe:
a quinta onde eu brincava, os ares das tardes de verão, as cores do céu, o precoce despertar da lua. Minha casinha, minha lua, minha mãe, tudo se foi embora!... o tempo também.
Meu vazio continua até quando chegar a minha hora.
segunda-feira, agosto 09, 2004
Ele esteve sempre lá
Quando a lentidão dos dias acomoda a minha vontade.
sinto a sua essência, como presente.
Quando o vazio instala-se no meu peito.
Meu coração entra em angústia e esgotamento.
Não há mais nada a ser dito, fico muda e silenciosa.
Quando sinto o coração doendo.
É como se estivesse condenada a não ver mais a luz do dia.
Ele não soube abrir os olhos!...não soube ver o que tinha à frente.
Como posso encontrar compreensão para o meu estado.
Tenho que encontrar a alegria do ser e estar.
Resignar-me!...ou ouvir o meu próprio silêncio.
Preciso conduzir-me nestes momentos.
Ouvir a voz do coração.
Tudo pode ser mudado, mas a minha dor, a minha dignidade não.
Tenho que confiar em mim, porque acredito na existência da luz.
Dói!... como dói, nunca pensei em descobrir-me em tal estado.
Ele esteve sempre presente!... ele estava lá, era só abrir os olhos...
sinto a sua essência, como presente.
Quando o vazio instala-se no meu peito.
Meu coração entra em angústia e esgotamento.
Não há mais nada a ser dito, fico muda e silenciosa.
Quando sinto o coração doendo.
É como se estivesse condenada a não ver mais a luz do dia.
Ele não soube abrir os olhos!...não soube ver o que tinha à frente.
Como posso encontrar compreensão para o meu estado.
Tenho que encontrar a alegria do ser e estar.
Resignar-me!...ou ouvir o meu próprio silêncio.
Preciso conduzir-me nestes momentos.
Ouvir a voz do coração.
Tudo pode ser mudado, mas a minha dor, a minha dignidade não.
Tenho que confiar em mim, porque acredito na existência da luz.
Dói!... como dói, nunca pensei em descobrir-me em tal estado.
Ele esteve sempre presente!... ele estava lá, era só abrir os olhos...
sábado, agosto 07, 2004
DECEPÇÃO
Uma decepção pode diminuir o tamanho do amor que parecia grande.
Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de acções e reacções, de expectativas e frustrações.
Ontem alguém que eu gosto mesmo muito, transferiu para a minha alma mágoas que podem se tornar em profundas cicatrizes. Contei a verdade sobre um acto que tinha acontecido, além de não acreditar!... teve a indecência de insinuar actos maldosos. Além de não me deixar falar, não me deixou defender.
A decepção, fere, destrói, afasta.
Temos que ter cuidado antes de proferir qualquer palavra no sentido de julgar, muitas vezes a sentença com que condenamos, será a mesma com que seremos condenados. É muito fácil rotular uma pessoa, às vezes perdemos amizades, e amores sólidos, pela dura sentença de um julgamento. Quando tenho consciência dos meus erros para com alguém, tenho humildade suficiente e peço perdão, porque todos somos seres imperfeitos. Agora julgada, e injuriada, e condenada, de maneira nenhuma posso dar a outra face. O que há de mais importante entre duas pessoas: A amizade, o respeito, o carinho, o zelo e até mesmo o amor.
Uma pessoa é pequena quando busca palavras ofensivas, e se deixa reger por comportamentos
clichês.
Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande... É a sua sensibilidade sem tamanho.
Estou muito triste.
Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de acções e reacções, de expectativas e frustrações.
Ontem alguém que eu gosto mesmo muito, transferiu para a minha alma mágoas que podem se tornar em profundas cicatrizes. Contei a verdade sobre um acto que tinha acontecido, além de não acreditar!... teve a indecência de insinuar actos maldosos. Além de não me deixar falar, não me deixou defender.
A decepção, fere, destrói, afasta.
Temos que ter cuidado antes de proferir qualquer palavra no sentido de julgar, muitas vezes a sentença com que condenamos, será a mesma com que seremos condenados. É muito fácil rotular uma pessoa, às vezes perdemos amizades, e amores sólidos, pela dura sentença de um julgamento. Quando tenho consciência dos meus erros para com alguém, tenho humildade suficiente e peço perdão, porque todos somos seres imperfeitos. Agora julgada, e injuriada, e condenada, de maneira nenhuma posso dar a outra face. O que há de mais importante entre duas pessoas: A amizade, o respeito, o carinho, o zelo e até mesmo o amor.
Uma pessoa é pequena quando busca palavras ofensivas, e se deixa reger por comportamentos
clichês.
Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande... É a sua sensibilidade sem tamanho.
Estou muito triste.
quinta-feira, agosto 05, 2004
Aparição
No inverno de 1992 - por alturado do Natal, ocorreu na minha vida um fenómeno extraordinário.
Foi durante um período em que me sentia muito infeliz pessoal, profissional e emocionalmente
e a minha vida parecia-me um fracasso a todos os níveis.
Quando seguia o percurso habitual no meu carro!... sempre falava com Deus através do sentimento que é a linguagem da alma. Numa manhã indo eu entrar às 8h, eu como sempre falava com Deus. E pensava!... como é que Deus fala e se manifesta.
De repente vi uma luz no vidro da frente do carro. Pensei ser ilusão ou reflexos das luzes da rua, intrigada e receosa olhei para trás, reparei que não havia luzes!... tentei parar o carro, mas era cedo demais e não havia gente a passar. Sem me dar conta, dessa luz surgiu uma imagem branca desfocada, apoderou-se de mim uma força invisível. Queria tentar acalmar-me, e na altura, eu não fazia a mínima ideia do que os meus olhos viam,e meus ouvidos ouviam. Parei o carro já no Cacém junto do portão da Ferreira Dias. Ouvi um voz doce como melodia!... Luisinha dou-te estas palavras como orientação:
1 - O pensamento mais sublime é aquele que contém alegria.
2 - As palavras mais grandiosas são as que contém verdade.
3 - O sentimento mais profundo é aquele que se chama amor.
4 - Alegria, Verdade, Amor.
São as três, intermutáveis e um conduz sempre aos outros. Não importa a ordem em que estão dispostas. Esta é a minha mensagem para ti!...
Desde esse dia sinto uma presença constante em minha vida. Só sei que algo protege os que amo, e também me protege.
Esta mensagem passo a todos os que tem falta de fé e de amor. Todas as pessoas são especiais
e todos os momentos são preciosos. Com amor.
Foi durante um período em que me sentia muito infeliz pessoal, profissional e emocionalmente
e a minha vida parecia-me um fracasso a todos os níveis.
Quando seguia o percurso habitual no meu carro!... sempre falava com Deus através do sentimento que é a linguagem da alma. Numa manhã indo eu entrar às 8h, eu como sempre falava com Deus. E pensava!... como é que Deus fala e se manifesta.
De repente vi uma luz no vidro da frente do carro. Pensei ser ilusão ou reflexos das luzes da rua, intrigada e receosa olhei para trás, reparei que não havia luzes!... tentei parar o carro, mas era cedo demais e não havia gente a passar. Sem me dar conta, dessa luz surgiu uma imagem branca desfocada, apoderou-se de mim uma força invisível. Queria tentar acalmar-me, e na altura, eu não fazia a mínima ideia do que os meus olhos viam,e meus ouvidos ouviam. Parei o carro já no Cacém junto do portão da Ferreira Dias. Ouvi um voz doce como melodia!... Luisinha dou-te estas palavras como orientação:
1 - O pensamento mais sublime é aquele que contém alegria.
2 - As palavras mais grandiosas são as que contém verdade.
3 - O sentimento mais profundo é aquele que se chama amor.
4 - Alegria, Verdade, Amor.
São as três, intermutáveis e um conduz sempre aos outros. Não importa a ordem em que estão dispostas. Esta é a minha mensagem para ti!...
Desde esse dia sinto uma presença constante em minha vida. Só sei que algo protege os que amo, e também me protege.
Esta mensagem passo a todos os que tem falta de fé e de amor. Todas as pessoas são especiais
e todos os momentos são preciosos. Com amor.
A Noiva e o Rio
De longe olho as suas águas!... recordo e procuro viver.
Libertando-me desta obsessão que me consome.
A realidade é que se torna difícil, quando alguém se transforma numa personagem.
O rio corre mais abaixo!... onde um vestido de noiva jaz no fundo.
Olhando as suas águas, parecem apagar o fogo que arde no meu peito.
Penso!.. para os outros já não sou somente uma pessoa.
Sou duas eu e a minha personagem.
Para mim vou quebrar o silêncio, vou quebrar o muro.
É tarde minha mente cansada, suspiro!..
Transformo minha tristeza em saudade, essa mesma saudade que acolhe a solidão.
E a solidão em lembranças.
Setembro, 1988 segundo sábado três da manhã.
Acordo afogada num mar de suor.
Acendo a luz!... reparo num vestido branco.
Era o meu casamento religioso ao meio dia.
Meus passos trémulos!...encaminhavam-se não sei para onde.
Olhei para o vestido branco comprido.
Entrei em agonia!... meus pensamentos e lágrimas corriam para o meu rio.
Só tinha uma saída!..
Eu movia-me como por magia para o vestido.
O tempo era pouco eu ia dizer sim!..
Meu corpo tremendo entrou no vestido branco.
Olhei o espelho o que vi!..
Eu estava linda de véu e grinalda... Senti-me uma Deusa!
Mas minha alma chorava ia dizer sim ao homem que já não amava.
O encanto se perdeu, uma luz apareceu!..
Desci as escadas, entrei no meu carro.
Estava louca pouco importava, o tempo correu não dei por nada.
Vestida de noiva entrei no meu rio frio e descalça.
Tapei o nariz e não lembro mais nada.
Era madrugada!... minha vida se afogava!... alguém arrastou meus cabelos na areia molhada.
Enquanto desmaiada!... viajava no tempo.
Mas o mundo era grande demais para ser percorrido.
Quando acordei!... queria acreditar em milagres.
Vi rostos chorando!.. .agarrados a mim chamando mãe.
Meus olhos sorriram e voltaram a brilhar.
Era o começo o contacto com a vida.
Meu vestido de noiva mandei ao rio.
Com ele foi o sim que eu não diria.
Sonhando acordo transpirada e fria.
Alguém me agarra obrigando dizer o sim.
É um pesadelo onde correntes me prendem.
Onde dois braços fortes me arrastam.
Me cortam as asas impedindo de voar, me tirando a liberdade e a vida.
Libertando-me desta obsessão que me consome.
A realidade é que se torna difícil, quando alguém se transforma numa personagem.
O rio corre mais abaixo!... onde um vestido de noiva jaz no fundo.
Olhando as suas águas, parecem apagar o fogo que arde no meu peito.
Penso!.. para os outros já não sou somente uma pessoa.
Sou duas eu e a minha personagem.
Para mim vou quebrar o silêncio, vou quebrar o muro.
É tarde minha mente cansada, suspiro!..
Transformo minha tristeza em saudade, essa mesma saudade que acolhe a solidão.
E a solidão em lembranças.
Setembro, 1988 segundo sábado três da manhã.
Acordo afogada num mar de suor.
Acendo a luz!... reparo num vestido branco.
Era o meu casamento religioso ao meio dia.
Meus passos trémulos!...encaminhavam-se não sei para onde.
Olhei para o vestido branco comprido.
Entrei em agonia!... meus pensamentos e lágrimas corriam para o meu rio.
Só tinha uma saída!..
Eu movia-me como por magia para o vestido.
O tempo era pouco eu ia dizer sim!..
Meu corpo tremendo entrou no vestido branco.
Olhei o espelho o que vi!..
Eu estava linda de véu e grinalda... Senti-me uma Deusa!
Mas minha alma chorava ia dizer sim ao homem que já não amava.
O encanto se perdeu, uma luz apareceu!..
Desci as escadas, entrei no meu carro.
Estava louca pouco importava, o tempo correu não dei por nada.
Vestida de noiva entrei no meu rio frio e descalça.
Tapei o nariz e não lembro mais nada.
Era madrugada!... minha vida se afogava!... alguém arrastou meus cabelos na areia molhada.
Enquanto desmaiada!... viajava no tempo.
Mas o mundo era grande demais para ser percorrido.
Quando acordei!... queria acreditar em milagres.
Vi rostos chorando!.. .agarrados a mim chamando mãe.
Meus olhos sorriram e voltaram a brilhar.
Era o começo o contacto com a vida.
Meu vestido de noiva mandei ao rio.
Com ele foi o sim que eu não diria.
Sonhando acordo transpirada e fria.
Alguém me agarra obrigando dizer o sim.
É um pesadelo onde correntes me prendem.
Onde dois braços fortes me arrastam.
Me cortam as asas impedindo de voar, me tirando a liberdade e a vida.
África
O sol bateu nos meus seios.
Iluminou meu corpo nu, eu não sentia frio.
O calor me consumia era o calor do meu coração.
A chama que ardia no meu peito era a fogueira.
Que se transforma no incêndio impossível de controlar.
Eu sabia que a partir daquele dia, iria conhecer os céus e os infernos.
A alegria e a dor, o sonho e o desespero.
Não podia conter mais os ventos que sopravam dos cantos escondidos da alma.
Eu sabia que a partir daquela manhã o amor ia guiar-me.
Vi rostos marcados pelo sofrimento e dor.
O amor estava presente no meu coração desde a minha infância.
África fez aumentar esse amor ,desde que a pisei pela primeira vez.
Senti dentro de mim, era um amor difícil, com fronteiras que eu queria dar.
Dias e anos se passaram, abria a janela do coração.
O sol inundou meu coração.
O amor ao próximo inundou minha alma.
A minha felicidade era tanta que todos sorriam ao ver-me passar.
Estava diante de um altar de nossa Senhora.
Maria com seu filho ao colo dava-me uma sensação estranha.
Quando olhei e reparei no dedo do menino Jesus
Ele me guiava onde eu queria chegar.
Já tinha procurado Deus pelos quatro cantos da terra.
Era a minha verdade, sempre presente.
Estava ali a fé- conheci Budistas, Hindus, Muçulmanos.
Meu caminho era trabalhar para Deus.
Eu estava impregnada dos mistérios de África.
A virgem sorria!... onde eu ia acender minha própria chama.
Pensei!... seja feita a tua vontade.
O órgão ficou em silêncio e o sol escondeu-se atrás das montanhas.
A minha prece fora atendida. Eu abria os olhos.
A luz daquela única vela iluminou as minhas lágrimas e o meu sorriso.
Trabalhei sem parar!... minha alma estava em paz.
Todos os caminhos me levavam aos meus amores.
A face de cristo estava em cada soldado doente.
E no mato ouvi Deus através dum raio de sol.
Esse é o teu destino; só quem ama pode espalhar felicidade.
E apenas sorri.
Iluminou meu corpo nu, eu não sentia frio.
O calor me consumia era o calor do meu coração.
A chama que ardia no meu peito era a fogueira.
Que se transforma no incêndio impossível de controlar.
Eu sabia que a partir daquele dia, iria conhecer os céus e os infernos.
A alegria e a dor, o sonho e o desespero.
Não podia conter mais os ventos que sopravam dos cantos escondidos da alma.
Eu sabia que a partir daquela manhã o amor ia guiar-me.
Vi rostos marcados pelo sofrimento e dor.
O amor estava presente no meu coração desde a minha infância.
África fez aumentar esse amor ,desde que a pisei pela primeira vez.
Senti dentro de mim, era um amor difícil, com fronteiras que eu queria dar.
Dias e anos se passaram, abria a janela do coração.
O sol inundou meu coração.
O amor ao próximo inundou minha alma.
A minha felicidade era tanta que todos sorriam ao ver-me passar.
Estava diante de um altar de nossa Senhora.
Maria com seu filho ao colo dava-me uma sensação estranha.
Quando olhei e reparei no dedo do menino Jesus
Ele me guiava onde eu queria chegar.
Já tinha procurado Deus pelos quatro cantos da terra.
Era a minha verdade, sempre presente.
Estava ali a fé- conheci Budistas, Hindus, Muçulmanos.
Meu caminho era trabalhar para Deus.
Eu estava impregnada dos mistérios de África.
A virgem sorria!... onde eu ia acender minha própria chama.
Pensei!... seja feita a tua vontade.
O órgão ficou em silêncio e o sol escondeu-se atrás das montanhas.
A minha prece fora atendida. Eu abria os olhos.
A luz daquela única vela iluminou as minhas lágrimas e o meu sorriso.
Trabalhei sem parar!... minha alma estava em paz.
Todos os caminhos me levavam aos meus amores.
A face de cristo estava em cada soldado doente.
E no mato ouvi Deus através dum raio de sol.
Esse é o teu destino; só quem ama pode espalhar felicidade.
E apenas sorri.
HOJE
Minha nostalgia é ardente como o sal em ferida.
Hoje amanheceu muito cedo!!! o sol não abriu.
Meu despertar foi trôpego, na saudade não finda.
Abri a janela... nada vi!! apenas nuvens dentro de mim.
O relógio não para- o tempo dispara, tudo recomeça
Vi árvores se despindo vendo seu outono chegar perto.
Então eu tremi!... a saudade veio ao meu encontro, ficou em mim.
Hoje. ontem amanhã, a saudade é efémera.
O tempo recomeça na ordem decrescente, tudo gira.
Hoje eu voei ao encontro da saudade!... ela voou até a mim.
Hoje amanheceu muito cedo!!! o sol não abriu.
Meu despertar foi trôpego, na saudade não finda.
Abri a janela... nada vi!! apenas nuvens dentro de mim.
O relógio não para- o tempo dispara, tudo recomeça
Vi árvores se despindo vendo seu outono chegar perto.
Então eu tremi!... a saudade veio ao meu encontro, ficou em mim.
Hoje. ontem amanhã, a saudade é efémera.
O tempo recomeça na ordem decrescente, tudo gira.
Hoje eu voei ao encontro da saudade!... ela voou até a mim.
quarta-feira, agosto 04, 2004
Vida
I
Ontem!... meus olhos choraram de emoção.
Encontrei um anjo!... noutro perdido.
Ergui meus olhos marejados de lágrimas.
Para um rosto lindo!... adormecido.
II
Olhei sua mãe dormitando exausta.
Serena, linda como uma musa encantada.
Seus olhos negros lindos se abriram!...
Duas lágrimas caíram !..como pérolas prateadas
III
Seu cabelo é um manto negro.
Seus caracóis, são ondas do mar.
Sua pele é seda, é luz!... é amor sem igual.
IV
Olhei o céu vi luz!... vi estrelas a brilhar.
Vi pétalas caindo do céu.
Vi rostos sorrindo!... eram anjos que anunciavam, o amor nascendo.
Era o sol que se abria para a vida.
Era o mundo renovando meus sonhos esquecidos.
Vi Deus !... me abrindo os seus braços. Embalando minha alma, numa paz esquecida.
Ontem!... meus olhos choraram de emoção.
Encontrei um anjo!... noutro perdido.
Ergui meus olhos marejados de lágrimas.
Para um rosto lindo!... adormecido.
II
Olhei sua mãe dormitando exausta.
Serena, linda como uma musa encantada.
Seus olhos negros lindos se abriram!...
Duas lágrimas caíram !..como pérolas prateadas
III
Seu cabelo é um manto negro.
Seus caracóis, são ondas do mar.
Sua pele é seda, é luz!... é amor sem igual.
IV
Olhei o céu vi luz!... vi estrelas a brilhar.
Vi pétalas caindo do céu.
Vi rostos sorrindo!... eram anjos que anunciavam, o amor nascendo.
Era o sol que se abria para a vida.
Era o mundo renovando meus sonhos esquecidos.
Vi Deus !... me abrindo os seus braços. Embalando minha alma, numa paz esquecida.
Sonho Meu
Tanto sonhei, dormindo!... acordei
Manhã enevoada, descalça , amargurada
Gritos ouvi mesmo distantes, gente arrogante mal-humorada
Vida vazia!... chorada mal amada
Um gemido de dor constante, amores perdidos e adormecidos
Madrugadas vazias o sono não vem!... um arrepio cortante.
Fecho os olhos lembrando!...sonho que foste, saudade frustante
Sonho!...será vida...ou morrendo esquecendo, na luta perdida do tempo
Meus olhos ,minha alma choram o silêncio cortante da noite.
Ó sonho meu por onde andas!...não me abandones.
Sonhando amei nos braços de alguém que não conheço.
Acordada nos vales do sonho despertei .onde o amor morreu.
Amando outra vez vou sonhando!... acordada num mundo só meu.
Sonho meu não me acordes!...deixa-me dormir para o infinito.
Onde a solidão não volte mais, onde meus olhos não chorem
Fica comigo!...faz de mim tua presa...mas deixa-me dormir.
Manhã enevoada, descalça , amargurada
Gritos ouvi mesmo distantes, gente arrogante mal-humorada
Vida vazia!... chorada mal amada
Um gemido de dor constante, amores perdidos e adormecidos
Madrugadas vazias o sono não vem!... um arrepio cortante.
Fecho os olhos lembrando!...sonho que foste, saudade frustante
Sonho!...será vida...ou morrendo esquecendo, na luta perdida do tempo
Meus olhos ,minha alma choram o silêncio cortante da noite.
Ó sonho meu por onde andas!...não me abandones.
Sonhando amei nos braços de alguém que não conheço.
Acordada nos vales do sonho despertei .onde o amor morreu.
Amando outra vez vou sonhando!... acordada num mundo só meu.
Sonho meu não me acordes!...deixa-me dormir para o infinito.
Onde a solidão não volte mais, onde meus olhos não chorem
Fica comigo!...faz de mim tua presa...mas deixa-me dormir.
Uma Só Vida
Tempos passaram, vida se arrastou
nasceu de quem!... de outro...não sei
vagueio no meu pranto, do meu nascer.
Nem sei quem sou!... Nem para onde vou.
Sou semente deitada á terra que ninguém cuidou
Sou o rio que corre ao mar !..mas me afogo no seu leito.
Dei vida esperança e amor.
Minha dor, minha alma quem se importou.
Choro no escuro do meu silencio
Meu rumo, meu vazio, minha estrada terá luz!
Nada brilha...meu eco se repete!...quem liga.
Sou amor que divido e transformo.
Sou caminhante numa estrada vazia.
Meus horizontes se curvaram em agonia
meus poemas se transformam em luz
Meu barco navega em alto mar. Onde meus fantasmas dançam.
Dançam o ritual implorando o esquecimento do passado.
Que esse mesmo, navegue nas profundezas desse mar.
que meu espirito encontre rumo nos sonhos esquecidos.
Que o amores de uma vida se multipliquem.
Acorda vida!...dá-me vida!...sossega meu pranto.
Enxuga minhas lágrimas que só deram amor...mas renunciei há vida.
nasceu de quem!... de outro...não sei
vagueio no meu pranto, do meu nascer.
Nem sei quem sou!... Nem para onde vou.
Sou semente deitada á terra que ninguém cuidou
Sou o rio que corre ao mar !..mas me afogo no seu leito.
Dei vida esperança e amor.
Minha dor, minha alma quem se importou.
Choro no escuro do meu silencio
Meu rumo, meu vazio, minha estrada terá luz!
Nada brilha...meu eco se repete!...quem liga.
Sou amor que divido e transformo.
Sou caminhante numa estrada vazia.
Meus horizontes se curvaram em agonia
meus poemas se transformam em luz
Meu barco navega em alto mar. Onde meus fantasmas dançam.
Dançam o ritual implorando o esquecimento do passado.
Que esse mesmo, navegue nas profundezas desse mar.
que meu espirito encontre rumo nos sonhos esquecidos.
Que o amores de uma vida se multipliquem.
Acorda vida!...dá-me vida!...sossega meu pranto.
Enxuga minhas lágrimas que só deram amor...mas renunciei há vida.
Nascimento
Hoje estou feliz!. Poderei a nível futuro escrever meus poemas, meus pensamentos, minhas criatividades. Esta página será o meu diário onde ele será confrontado com o meu ego.
Obrigado Uchôa por me ajudar nesta expectativa.
Obrigado Uchôa por me ajudar nesta expectativa.
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